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Mantega: meta do setor público não foi cumprida

Segundo o ministro da Fazenda, superávit primário vai demandar outros abatimentos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: BC não pediu aperto fiscal ao ministério (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: BC não pediu aperto fiscal ao ministério (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 11h15.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu hoje que será necessário lançar mão de abatimentos para fechar o ano com o cumprimento da meta de superávit primário do setor público consolidado, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). "A meta para 2010 para o governo central está cumprida, de 2,15% do PIB. Cumprimos a meta cheia. Em relação a Estados e municípios, talvez não dê para cumprir totalmente", disse.

O superávit primário representa a economia para o pagamento dos juros da dívida pública. Diante do resultado abaixo do esperado, Mantega admitiu que será necessário usar abatimentos em infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para fechar o ano. "Então, vai faltar alguma coisa para completar os 3,1% do PIB, e isso se dará por uma parte do PAC. Isso será conhecido na segunda-feira", disse.

Corte de gastos

O ministro afirmou ainda que o Banco Central (BC) não fez nenhuma solicitação de aperto fiscal ao ministério. Esta, no entanto, foi a interpretação de analistas econômicos ao ler a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem. "Não vi pedido de ajuda do Banco Central para reduzir gastos", disse Mantega.

Segundo o ministro, a autoridade monetária está afinada com as diretrizes que estão sendo colocadas pelo governo e isso significa que o BC poderá fazer uma política monetária menos dura. "Desta forma, em conjunto, podemos fazer um trabalho complementar", disse.

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