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Mantega: inflação é problema global, e não só do Brasil

Para o ministro da Fazenda, apesar da pressão inflacionária forte no Brasil, a meta ainda será alcançada

"O problema de inflação é mundial, porém maior nos emergentes", diz Ministro (Wikimedia Commons)

"O problema de inflação é mundial, porém maior nos emergentes", diz Ministro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 16h31.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, em evento para investidores e analistas estrangeiros em Nova York, que a inflação é hoje um problema mundial, e não só do Brasil. Segundo ele, governo e Banco Central estão tomando medidas importantes para conter a inflação e o aumento de crédito. "O problema de inflação é mundial, porém maior nos emergentes porque as commodities agrícolas no Brasil têm peso maior. No Brasil, diria que a inflação está em patamar médio e deve fechar 2011 ao redor de 5,6%. Ou seja, apesar da pressão inflacionária forte no Brasil, não acredito que vamos sair da meta", disse o ministro, referindo-se ao teto da meta de inflação, de 6,5%.

De acordo com Mantega, o governo está tentando moderar o crescimento da economia para impedir "que a inflação trazida pelos preços de commodities se propague para outros setores da economia brasileira". "Acredito que o segundo semestre será melhor do que o primeiro em termos de inflação", avaliou.

Mantega alertou que países avançados também têm hoje "surto inflacionário que deve ser olhado com cuidado". Além da meta de inflação, o ministro da Fazenda afirmou que o governo deverá cumprir sua meta fiscal para 2011, lembrando que a retirada de estímulos fiscais começaram em 2010.

Câmbio

O ministro da Fazenda disse que o dólar tem se mostrado mais fraco em relação a várias moedas, mas que o governo tem agido para atenuar esse movimento. "É bom deixar claro que temos atuado tanto para atenuar a valorização do real como para combater a inflação. No caso do câmbio, temos tomado medidas eficazes para que haja um 'softlanding', uma desaceleração suave do dólar", disse o ministro. "Afinal o real continua sendo uma moeda flutuante e tanto pode flutuar para um lado como para o outro", lembrou o ministro.

Mantega participou do evento "2011 Brazil Summit", promovido pela Câmara de Comércio Brasil - Estados Unidos, com apoio da Agência Estado, em Nova York.

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