Brasil

Mantega fala em negociar correção da tabela do IR, diz Paulinho

Governo teria acenado com a possibilidade do reajuste do IR caso as centrais sindicais aceitem o mínimo de R% 545

O deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, negocia com o governo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, negocia com o governo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 13h51.

Brasília - Em conversa com a Força Sindical nesta quarta-feira, o ministro Guido Mantega manteve a proposta de elevação do salário mínimo deste ano de 510 reais para 545 reais, e demonstrou disposição de negociar o reajuste da tabela do Imposto de Renda, afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

"Estão fazendo um apelo para que as centrais sindicais aceitem os 545 reais e eles topariam discutir uma correção da tabela do IR", disse a jornalistas Paulinho, presidente da Força Sindical, após se reunir com Mantega e com Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência) no Planalto.

O índice de correção da tabela não foi comentado pelos ministros, segundo o dirigente.

A iniciativa vai de encontro ao determinado pela presidente Dilma Rousseff, que não acha correta a discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda e do salário mínimo. Na semana passada, Guido Mantega também havia dito que o governo não estuda uma correção na tabela do IR.

Após uma reunião com todas as centrais na semana passada em Brasília, os ministros iniciaram nesta quarta-feira reuniões individuais com sindicalistas para na sexta-feira, em São Paulo, tentar fechar um acordo.

Segundo Paulinho, o ministro Mantega argumentou que a elevação do mínimo acima do valor proposto poderia ter impacto na taxa de inflação. "O problema deles é com essa coisa de mercado, de expectativa de inflação, de problema dos gastos e que o mercado iria ver isso (o aumento) como expectativa de aumento da inflação", disse Paulinho.

Os argumentos do ministro para a proposta de 545 reais, segundo o sindicalista, são o cumprimento do rigor fiscal e a preocupação com gastos públicos.

A proposta inicial dos sindicalistas é de um valor de 580 reais para 2011. A Força admite negociar um aumento real que leve em conta o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010.

O acordo em vigor desde 2006 realizado no governo Lula leva em conta a inflação acumulada no ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes. Como o crescimento da economia em 2009 foi negativo devido à crise internacional, o aumento do salário mínimo em 2011 só conta com a reposição da inflação do ano passado. Já para 2010 a previsão é de ter ocorrido forte crescimento, o que impulsionará o valor do mínimo de 2012. Este é um dos principais argumentos dos sindicalistas para elevar agora o valor.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalAmérica LatinaDados de BrasilImposto de Renda 2020ImpostosLeãoSalário mínimoSindicatos

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas