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Mantega e Mercadante falam sobre morte de Thomaz Bastos

Para Mantega, como ministro da Justiça, Thomaz Bastos teve atuação destacada na modernização do sistema judiciário brasileiro


	Thomaz Bastos: para Mercadante, Brasil "perde um dos grandes advogados criminalistas de sua história"
 (Heloisa Bortz/Veja São Paulo)

Thomaz Bastos: para Mercadante, Brasil "perde um dos grandes advogados criminalistas de sua história" (Heloisa Bortz/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 11h56.

Brasília e São Paulo - O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou nota de pesar pela morte do ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Na nota, o ministro afirma que lamenta profundamente a perda daquele que considera um dos maiores juristas do Brasil e um personagem com reconhecida contribuição no processo de redemocratização do País.

Para Mantega, como ministro da Justiça, Thomaz Bastos teve atuação destacada na modernização do sistema judiciário brasileiro. "Neste momento de dor pela perda de um amigo, o ministro presta solidariedade aos seus familiares", diz a nota.

Também lamentou a morte de Thomaz Bastos o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que, também em nota, disse que o Brasil "perde um dos grandes advogados criminalistas de sua história".

"A vida de Bastos foi marcada pela coragem e competência com que se dedicou às suas causas. Além de presidente da OAB-SP, quando participou do movimento pelas Diretas Já, destaco a atuação de Bastos como ministro da Justiça do governo Lula, na reestruturação da Polícia Federal, na aprovação do Estatuto do Desarmamento e na homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol", afirmou o ministro, em nota encaminhada pela assessoria de imprensa.

O advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, apontou, a exemplo de Mantega, que coube a Thomaz Bastos conduzir, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma do Judiciário, com a instituição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"A morte de Márcio Thomaz entristece a todos nós que com ele conviveram. Homem íntegro, leal e agregador, foi essencial à Justiça e ao País", disse Adams. "Perdemos o homem, mas tivemos o privilégio de testemunharmos em primeira mão o exemplo e as conquistas de Márcio Thomaz Bastos", completou o ministro da AGU.

Luís Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o ex-ministro "foi um homem que serviu dignamente ao direito, tanto na atividade privada como na vida pública". Nas palavras de Barroso, Thomaz Bastos "foi um advogado do primeiro time, e uma pessoa do bem e fidalga". "Foi, também, um Ministro da Justiça exemplar, por sua competência e isenção", disse o ministro do STF.

Luís Roberto Barroso lembrou que o ex-ministro foi um dos "principais responsáveis" pela aprovação da Reforma do Judiciário. "Inovações como a criação do Conselho Nacional de Justiça, a autonomia da Defensoria Pública e a repercussão geral no STF só viraram realidade em razão do seu empenho e habilidade", afirmou o ministro do Supremo em nota.

Márcio Thomaz Bastos morreu na madrugada desta quinta-feira, 20, aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O velório será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 14 horas. O corpo do criminalista será cremado na sexta-feira, 21, às 8 horas, em Itapecerica da Serra, no Hospital Horto da Paz.

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