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Mantega consulta OMC sobre guerra cambial

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer se valer de uma base legal para lidar com a situação monetária internacional

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: guerra cambial pode se tornar novo protecionismo (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: guerra cambial pode se tornar novo protecionismo (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 09h08.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenta estabelecer uma estratégia para impedir que a “guerra de moedas” contamine o comércio e que governos usem desvalorizações como barreiras comerciais.

No fim da semana passada, Mantega telefonou para o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, questionando quais eram as leis multilaterais sobre o tema e como a OMC e o governo brasileiro poderiam coordenar suas posições para evitar que a guerra de moedas se transforme em um novo protecionismo.

Mantega quer se valer de uma base legal para lidar com a situação monetária internacional, caso o País comece a sofrer com a variação de câmbio entre países. De um lado, o Brasil estaria sendo afetado pela moeda chinesa, facilitando as exportações de produtos asiáticos. De outro, estaria sendo prejudicado com a forte valorização do real em relação ao dólar.

Nas leis da OMC existe uma possibilidade de que um país faça uma queixa se avaliar que outro usou sua moeda para ganhar competitividade no comércio e prejudicar um parceiro. Mas, em 60 anos desde que a lei foi criada, o artigo na constituição do comércio mundial jamais foi usado.

Para o diretor da OMC, os governos em todo o mundo conseguiram conter suas tentações protecionistas nos últimos dois anos e o número de barreiras criadas por causa da crise não foi significativo.

O risco agora é que essa situação seja minada por medidas de desvalorização de moedas, criando condições mais competitivas para a exportação de um país e, na prática, barreiras para a entrada de produtos. Isso acabaria sendo um novo protecionismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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