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Manobra abortada; Superávit em 2019?…

Manobra abortada A Câmara dos Deputados tentou votar na noite de ontem um projeto que poderia anistiar o caixa dois eleitoral – o uso de dinheiro não declarado à Justiça em campanhas. A reabertura da discussão sobre a proposta que tramita desde 2007 foi encarada como uma manobra e atacada por parte dos deputados, principalmente […]

ANGELA MERKEL: chanceler  alemã deve enfrentar problemas econômicos e políticos em 2017 / Fabrizio Bensch/ Reuters (Fabrizio Bensch/Reuters)

ANGELA MERKEL: chanceler alemã deve enfrentar problemas econômicos e políticos em 2017 / Fabrizio Bensch/ Reuters (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 07h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Manobra abortada

A Câmara dos Deputados tentou votar na noite de ontem um projeto que poderia anistiar o caixa dois eleitoral – o uso de dinheiro não declarado à Justiça em campanhas. A reabertura da discussão sobre a proposta que tramita desde 2007 foi encarada como uma manobra e atacada por parte dos deputados, principalmente os da Rede e do Psol. Ivan Valente (Psol-SP) acusou “um conluio de partidos de situação e de oposição” de tentar votar “na calada da noite” a anistia do caixa dois. Diante da pressão, o primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), que presidia os debates, retirou o projeto da pauta e encerrou a sessão.

Vergonha

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, chamou de “vergonhosa” a decisão de Ricardo Lewandowski de fatiar a votação do julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado, ocasião em que foram mantidos os direitos políticos da petista mesmo com a cassação do mandato. “Considero essa decisão constrangedora, é verdadeiramente vergonhosa. Um presidente do Supremo não deveria participar de manobras”, disse. “Cada um faz com sua biografia o que quiser, mas não deveria envolver o Supremo nesse tipo de prática”.

Superávit à vista?

Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o país deve retomar o superávit nas contas públicas apenas em 2019, a depender da melhoria em arrecadação e aumento do PIB. Em fala a empresários durante evento do Lide, o ministro tentou acalmar a “ansiedade” com o andamento das reformas. “Não há como fazer reforma constitucional a toque de caixa. A boa notícia é que estamos fazendo”.

Cláusula de barreira

O presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu nesta segunda-feira a aprovação da PEC que determina a instauração da cláusula de barreira no Brasil, aquela que impede partidos com votação abaixo de uma cota mínima de manter representação no Legislativo. “Com relação à reforma política, nós precisamos aprovar uma cláusula de barreira e proibir a coligação proporcional nas eleições. Se nós fizermos isso, nós vamos acabar com esse mal maior que vigora hoje no Brasil que é essa proliferação de partidos políticos”, disse. Segundo levantamento do portal G1, caso a regra estivesse em vigor, seriam 14 os partidos barrados entre os que tem representação no Congresso.

Atividade econômica cai

O índice que mede a atividade econômica no Brasil (IBC-Br) encolheu 0,09% em julho na comparação com o mês anterior. Em junho, o IBC-Br havia caído 0,37%. É a décima sétima queda consecutiva na métrica, que é considerada uma prévia do PIB. Comparado com o mesmo mês de 2015, a queda é de 5,2%. O resultado está dentro do esperado por analistas, cuja estimativa era de queda de 0,1%. Na série sem ajustes sazonais, o índice já acumula queda de 5,65% nos últimos 12 meses.

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Carga pesada

A carga tributária, como porcentagem do PIB, subiu para 32,66% em 2015, afirmam números da Receita Federal. Em 2014, a carga tributária foi de 32,42% do PIB. Apesar do aumento na tributação, a arrecadação dos três níveis de governo foi de 1,9 trilhão de reais, uma redução de 3,15% em relação ao ano anterior, impulsionada pela desaceleração da economia — o PIB brasileiro encolheu 3,8% no período. O principal aumento tributário foi no Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), que teve sua participação no total aumentada de 3,25% do PIB em 2014 para 3,55% em 2015.

Suspeito preso em Nova York

Enquanto a Assembleia Geral da ONU se iniciava em Nova York, a polícia prendeu na tarde desta segunda-feira um suspeito dos ataques à bomba feito na região no sábado 17. O afegão naturalizado americano Ahmad Khan Rahami, de 28 anos, era procurado pela explosão que deixou 29 feridos em Manhattan e por uma outra explosão, em Nova Jersey. O presidente Barack Obama afirmou que as autoridades descartam a relação entre os ataques em Nova York e o esfaqueamento de nove pessoas num shopping de Minnesota, também no sábado 17 – atentado já reivindicado pelo Estado Islâmico. O presidenciável republicano Donald Trump disse que a polícia deve se concentrar em suspeitos de origem muçulmana para evitar atos de terrorismo.

O mea culpa de Merkel

A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta segunda-feira que suas políticas influenciaram no segundo lugar de seu partido nas eleições regionais de Berlim no fim de semana – resultado que classificou como “amargo”. Com quase seis pontos percentuais a menos do que no pleito de 2011, sua legenda, a União Democrata Cristã (UDC) teve 17,6% dos votos, ante 21,6% do Partido Social-Democrata. A eleição também mostrou o crescimento do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que obteve 14,2% dos votos com base em sua política anti-refugiados. Merkel afirmou que, se pudesse, “voltaria no tempo” para “se preparar melhor” para a crise dos refugiados de 2015, mas disse que rejeitar pessoas devido às diferenças religiosas vai contra os princípios de seu partido.

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