Brasil

Manifestantes resistem a sair de prédio da Presidência em SP

Eles disseram que protestam contra a suspensão de parte do programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal


	MTST: os manifestantes aguardam ser chamados para conversar com representantes do governo federal, o que ainda não ocorreu
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

MTST: os manifestantes aguardam ser chamados para conversar com representantes do governo federal, o que ainda não ocorreu (Rovena Rosa/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 17h01.

Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupam, desde as 14h30 de hoje (1), o prédio da Presidência da República, na Avenida Paulista, esquina com a Rua Augusta, na capital paulista.

Eles disseram que protestam contra a suspensão de parte do programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal.

Segundo Simone Silva, uma das coordenadoras do movimento, a ideia é que eles acampem e permaneçam no local até que o governo retroceda e entregue as moradias previstas no programa Minha Casa Minha Vida.

“Já tinha sido assinado, estava tudo correto com relação às moradias que já estavam com projeto e, uma semana após o golpe, o presidente interino Michel Temer revogou tudo isso. São lutas que estamos fazendo há 11 anos e, em uma semana, ele acabou com tudo e com o sonho dessas famílias. As famílias vieram aqui hoje e estão dispostas a acampar e a permanecer aqui até ele devolver o que é nosso por direito”, disse ela à Agência Brasil.

Até este momento, segundo Simone, os manifestantes aguardam ser chamados para conversar com representantes do governo federal, o que ainda não ocorreu. O MTST estima a presença de 3,5 mil pessoas no ato.

A Polícia Militar ainda não deu estimativa sobre o número de manifestantes.

Parte dos manifestantes ocupam o hall do prédio da prédio com bandeiras do movimento e gritam “Fora Temer” e “MTST a luta é para valer”, “Aqui está o povo sem medo de lutar”, entre outros.

Mensagens contra Temer foram fixadas com papéis e também pichadas na frente do prédio.

Há uma grande quantidade de pessoas também do lado de fora, ocupando a calçada em frente ao prédio da presidência, além de três faixas da Avenida Paulista, sentido Paraíso.

Apenas uma faixa, sentido Paraíso, está liberada para a passagem de carros e ônibus. No outro sentido, Consolação, a Paulista segue liberada.

Segundo Simone, as pessoas também protestam contra a violência da Polícia Militar que utilizou bombas de gás e jatos de água para dispersar a manifestação em frente à casa de Temer, em Pinheiros, no dia 22 de maio.

“Na outra semana, em que acampamos em frente a casa dele [Temer], pacificamente, fomos retirados de lá com balas, bombas, gás de pimenta e jatos de água e resistimos até o momento em que o Choque veio para cima, e não havia mais como deixar aquelas famílias lá correndo risco. Então, recuamos. Mas viemos aqui hoje com mais força, pessoas com mais disposição a ficar e não vamos aceitar esse retrocesso que está acontecendo no país”.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério das Cidades informou que não vai se pronunciar sobre o ato, mas reiterou que o programa Minha Casa, Minha Vida será mantido.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisProtestosProtestos no Brasilsao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas