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Manifestantes protestam contra Temer em São Paulo

Eles se reuniram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista por volta das 17h


	Protestos: além da saída de Michel Temer, eles pedem reforma política e o fim do financiamento empresarial em campanhas políticas
 (Nacho Doce / Reuters)

Protestos: além da saída de Michel Temer, eles pedem reforma política e o fim do financiamento empresarial em campanhas políticas (Nacho Doce / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 20h38.

Manifestantes fazem uma caminhada na noite de hoje (23), pela Avenida Paulista, em protesto contra o presidente interino Michel Temer.

Eles se reuniram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista por volta das 17h e, às 19h, iniciaram uma caminhada até a Praça Roosevelt, no centro da capital paulista, passando pela Rua Augusta.

Os organizadores do ato estimam a presença de mil pessoas. A Polícia Militar, até este momento, não deu estimativa do público.

O ato foi convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Estadual dos Estudantes (UEE) e a União da Juventude Socialista (UJS), entre outros.

Além da saída de Michel Temer, eles pedem reforma política, o fim do financiamento empresarial em campanhas políticas e uma maior participação das mulheres, negros e jovens no governo.

Os manifestantes também protestam contra o anúncio de fechamento de vagas para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Mais cedo, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que manterá e ampliará o Fies e o Pronatec.

“Fica claro que esse impeachment [da presidenta afastada Dilma Rousseff] nada mais é do que um golpe”, disseram os manifestantes, em jogral, antes de saírem em caminhada pela Avenida Paulista.

“Queremos dizer ao Brasil, ao povo brasileiro, que foi às ruas contra a corrupção, que se una conosco”, gritaram durante o ato.

“O ato foi convocado diante das evidências desse áudio vazado do ex-ministro [do Planejamento] Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro [Sérgio Machado], [que demonstra] uma arquitetura do impeachment de Dilma Rousseff para conseguir barrar a Operação Lava Jato. É escandaloso que após o impeachment, planejado por senadores e deputados corruptos, o presidente Michel Temer assuma com um ministério formado por ministros acusados na Lava Jato”, disse Carina Vitral, presidente da UNE. Segundo ela, os estudantes continuarão nas ruas até “Michel Temer cair”.

O ato ocorre de forma pacífica até este momento.

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