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Manifestantes protestam contra o tarifaço de Trump em frente ao consulado dos EUA, em São Paulo

Ato em frente ao consulado americano nos EUA foi organizado por centrais sindicais para coincidir com a data que a taxa entraria em vigor no Brasil

Protesto contra o tarifaço em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, em 1º de agosto (Nelson Almeida/AFP)

Protesto contra o tarifaço em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, em 1º de agosto (Nelson Almeida/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de agosto de 2025 às 17h53.

Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 18h16.

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Com faixas criticando o tarifaço de 50%, além do pedido de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes protestaram em frente ao consulado dos Estados Unidos, na zona Sul de São Paulo, contra o presidente americano Donald Trump, na manhã desta sexta-feira.

O ato, convocado por centrais sindicais e sindicatos de metalúrgicos, também se repetiu em outras capitais.

O protesto foi organizado para acontecer no dia em que entraria em vigor o tarifaço, 1º de agosto. Mas o prazo acabou sendo prorrogado para o próximo dia 7 de agosto. Trump assinou o decreto impondo a tarifa aos produtos brasileiros na última quarta-feira, mas acabou isentado quase 700 itens, entre eles suco de laranja e aeronaves da Embraer. Café e carne, produtos importantes da pauta exportadora brasileira, não foram isentos.

Protesto contra o tarifaço em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, em 1º de agosto (Nelson Almeida/AFP)

No ato, os manifestantes portavam faixas com frases como "Trump tire as mãos do Brasil". Eles também defenderam a soberania nacional e gritaram "sem anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro". Bolsonaro responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de tentar dar um golpe de Estado. Uma bandeira dos Estados Unidos foi queimada.

Para Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, o tarifaço é um embargo econômico sobre o Brasil, que está diante de uma ofensiva imperialista.

— O governo dos Estados Unidos quer interferir em temas que só dizem respeito à política e ao Judiciário do Brasil. O governo Lula deve ter pulso firme para garantir os empregos dos brasileiros. Nós, da CSP-Conlutas, temos nossas críticas ao governo federal, mas diante de uma ofensiva imperialista, é importante a união de todos para defender nosso país — afirmou.

Sergio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), também considerou a investida de Trump sobre o judiciário brasileiro "a maior ameça à democracia e à soberania do país".

Protesto contra o tarifaço em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, em 1º de agosto (Nelson Almeida/AFP)

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