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Manifestantes ocupam escritório do MinC em Salvador

De acordo com os ocupantes, uma plenária deve ocorrer ainda hoje (18), para organizar a comunicação entre as ocupações das outras cidades


	MinC em Salvador: "Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino"
 (Sayonara Moreno/Agência Brasil)

MinC em Salvador: "Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino" (Sayonara Moreno/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 15h01.

Integrantes do setor cultural permanecem ocupando a sede regional do Ministério da Cultura (MinC), em Salvador, onde farão uma plenária hoje (18) para organização interna do movimento. Eles protestam contra o governo do presidente interino Michel Temer.

No edifício antigo, no Pelourinho, funciona o escritório do órgão da Bahia e Sergipe, que está ocupado desde ontem (17), quando os manifestantes chegaram e, em negociação com os funcionários da sede, decidiram não interromper as atividades do ministério.

“Com o aumento do número de espaços ligados ao Ministério da Cultura ocupados, em diversas partes do país, pessoas ligadas à cultura se reuniram, e decidiram ocupar a sede regional. A mobilização foi muito rápida, o que significa que há uma demanda da sociedade civil, não somente dos trabalhadores da cultura e artistas, para a ocupação desses espaços”, disse uma das ocupantes, a produtora de cinema Tenille Bezerra.

A pauta de reivindicações, segundo Tenille Bezerra, está ligada ao governo do presidente Interino da República, Michel Temer.

“A nossa pauta é muito clara, se posicionando contra os abusos do governo interino, não reconhecemos a gestão, sobretudo os abusos dessa gestão”, ressalta.

De acordo com os ocupantes, uma plenária deve ocorrer ainda hoje (18), para organizar a comunicação entre as ocupações das outras cidades, onde o movimento já existe.

A quantidade de pessoas envolvidas na ocupação do MinC Bahia varia entre 50 e 60. Atividades culturais e reuniões internas estão ocorrendo no local.

A ideia do grupo, diz Tenille, é manter o espaço ocupado, sem prazo definido.

“Hoje são 11 cidades do país, ocupadas, e as pautas são bem próximas. Dessa forma, pedimos a saída do governo. Estamos abertos a participação de quem quiser aderir e se somar à nossa causa. A nossa determinação é continuar ocupando o espaço, estamos aqui em forma de protesto, e não pretendemos sair enquanto Michel Temer não cair”, disse a produtora de cinema.

A partir da ocupação, o grupo criou um coletivo de trabalhadores, artistas e movimentos culturais, o Ocupa MinC Bahia, com uma página no facebook, a OcupaMinc Ba. Na plataforma, uma carta aberta foi divulgada, como forma de explicar o motivo da ocupação. 

"Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino. Não é legítima a forma como ele foi empossado, não é legítima a extinção e fusão de ministérios, não é legítimo o enfraquecimento dos mecanismos de controle independentes, não é legítima a diminuição da representatividade. Não respaldamos esse governo! As primeiras falas, as primeiras ações, a estética e as primeiras posturas deste governo apontam na direção do retrocesso, do autoritarismo, da austeridade, da violência institucional e desrespeito às conquistas históricas de espaços de diálogo com a sociedade", diz a carta.

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