Brasil

Manifestantes de BH rejeitam reunião com prefeito

Movimento alegou que o encontro foi "definido de forma autoritária e verticalizada", por ter sido anunciado à imprensa antes de ter sido acertado com os manifestantes

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 19h20.

Belo Horizonte - Manifestantes que ocupam a Câmara Municipal de Belo Horizonte desde sábado, 29, rejeitaram nesta segunda-feira participar de reunião com o prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), para discutir reivindicações como o repasse imediato da isenção de impostos federais para o valor da passagem dos ônibus na cidade.

Por meio de nota, o grupo, intitulado Assembleia Popular Horizontal, afirmou que o encontro foi "definido de forma autoritária e verticalizada", por ter sido anunciado à imprensa antes mesmo de ter sido acertado com os manifestantes.

No início da tarde, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), também por meio de nota, divulgou que Lacerda "convida os representantes dos manifestantes que ocupam a Câmara" para uma reunião no fim da tarde. A PBH afirmou que o convite seria apresentado ao grupo pelo secretário de Governo, Josué Costa Valadão, e pelo assessor-chefe de Comunicação, Régis Souto, que se reuniram com os manifestantes no fim de semana passado.

O documento divulgado pelo grupo afirma que Valadão havia se comprometido, junto com outro representante da PBH, a agendar encontro com o prefeito depois da noite de segunda, quando seria definida a "delegação para levar os encaminhamentos da Assembleia à prefeitura".

E acusa o prefeito, que havia recusado encontro com os manifestantes, de "tentar desmobilizar a população e ridicularizar o movimento perante a opinião pública marcando uma reunião às pressas". Diz ainda que o convite para a reunião "sequer chegou às mãos da Assembleia". A PBH informou que o prefeito está aberto à marcação de uma nova data para o encontro, mas vai aguardar contato dos representantes.

O protesto teve início na manhã de sábado, quando os manifestantes ocuparam a Câmara para pressionar os vereadores a aprovarem a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre o transporte, para reduzir em R$ 0,05 as passagens dos ônibus.

Os parlamentares recusaram emenda que previa repasse imediato do fim da cobrança das alíquotas do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), que poderia fazer a redução das passagens chegar a R$ 0,25.

Acompanhe tudo sobre:Belo Horizontecidades-brasileirasMinas GeraisPolítica no BrasilProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP