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Manifestações ocorrem em pelo menos 10 estados

Nas capitais, as manifestações estão sendo pacíficas, sem conflitos


	Manifestação contra o impeachment em Salvador: pelo menos dez estados registram protestos a favor e contra o impedimento de Dilma Rousseff.
 (Reprodução/Twitter)

Manifestação contra o impeachment em Salvador: pelo menos dez estados registram protestos a favor e contra o impedimento de Dilma Rousseff. (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2016 às 16h19.

São Paulo - Pelo menos dez Estados registram manifestações favoráveis ou contrárias ao impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17), dia em que a Câmara dos Deputados decide sobre a admissibilidade do processo de afastamento da petista da Presidência.

Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que os atos seguem pacíficos

Em Brasília, do lado norte da Esplanada dos Ministérios, separado para quem é contra o impeachment, o movimento ainda é fraco no início da tarde, já que os manifestantes estão se concentrando a seis quilômetros do local e deverão seguir para o Congresso Nacional mais tarde.

Cerca de seis mil pessoas estão na concentração, de acordo com o último boletim da Polícia Militar. Integrantes da União Nacional dos Estudantes (Une) puxam gritos de guerra próximo ao Ministério das Comunicações.

Em São Paulo, manifestantes contra o impeachment já lotam o Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista. Militantes sindicais, de movimentos sociais e também cidadãos não ligados a organizações carregam faixas contra o golpe e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Gritam "Não vai ter golpe, vai ter luta", mensagens expostas também em um telão instalado no local. Ainda não há estimativa de público, mas a população já ocupa uma extensão que vai do Viaduto do Chá, onde um carro de som faz as vezes de palco, até a esquina com a Avenida São João.

Os apoiadores do afastamento da presidente se reúnem em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista. Por lá, a movimentação segue tranquila e o número de manifestantes é menor em comparação a outras manifestações que pediam o impeachment de Dilma.

No interior do Estado, em Campinas, está previsto um ato para as 14h na Avenida Norte-Sul, em Cambuí, bairro nobre da cidade. Até perto das 13h, a movimentação era pequena, mas há um grande número de barracas montadas na avenida para a venda de bebidas e comidas para os manifestantes.

A expectativa dos organizadores é que 300 mil pessoas participem da manifestação. Mais cedo, na cidade paulista de Osvaldo Cruz, cerca de 200 pessoas pediam a saída da petista da Presidência. Em Indaiatuba, também houve um ato contra a presidente Dilma.

No Rio de Janeiro, a manifestação "Funk contra o Golpe" entrou na reta final pouco antes das 13h. Os organizadores informaram ao microfone de carro de som que o ato reuniu 50 mil pessoas. Procurada, a Polícia Militar disse não ter feito estimativa de público.

O protesto é organizado pela produtora de funk Furacão 2000 e pela Frente Brasil Popular, movimento que reúne partidos, sindicatos e movimentos sociais de esquerda. Outro protesto, a favor do impeachment, está marcado para ocorrer às 15h em Copacabana, ponto de partida do ato da manhã.

Em Minas Gerais, manifestantes começavam a chegar à Praça da Liberdade por volta das 13h30 para participar do protesto pelo afastamento da presidente. Três caminhões de som estão posicionados na praça. Um telão está sendo montado para transmissão da votação do impeachment.

Cerca de duas mil pessoas contrárias ao impeachment, saíram em outro ato da Praça Raul Soares e seguiram para a Praça da Estação, de onde acompanharão a sessão na Câmara dos deputados também por telões.

No Espírito Santo, os grupos pró-impeachment poderão acompanhar a votação em telões que serão instalados na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória, e em um posto de combustíveis na Praia da Costa, em Vila Velha, na grande Vitória.

Na Bahia, manifestantes a favor do governo estão acampados no Farol da Barra, na orla de Salvador (BA), desde o sábado (16). A maioria integra o MST e acompanhará a sessão da Câmara por um telão.

A expectativa das lideranças é de que 150 mil pessoas ocupem a orla da Barra, que já foi palco de protestos do grupo defensor do impedimento de Dilma. Desta vez, aqueles que pedem o fim do governo se reunirão no Jardim de Alah, bairro do Costa Azul.

No Paraná, na cidade de Francisco Beltrão, o movimento "Vem Pra Rua" instalou nas ruas cavaletes com os nomes dos deputados do Estado que são contrários ao impeachment.

Na capital de Rondônia, Porto Velho, manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff já estão em concentração na Praça das Três Caixas D'Água desde as 10h.

Participam do movimento membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RO), MST, Partido dos Trabalhadores, entre outros movimentos. Os organizadores esperam que mais de cinco mil pessoas se unam à manifestação até o início da votação, às 14h.

Em Mato Grosso, pessoas pró e contra o impedimento da presidente Dilma se reúnem em praças e bares para acompanhar a votação. Movimentos sociais, sindicais e estudantis que compõem a Frente Brasil Popular em Mato Grosso participam desde as 9h, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), para a "Vigília Ecumênica pela Paz e pela Democracia".

Em Recife, capital de Pernambuco, a movimentação dos grupos pró e contra o impeachment já começou. No Marco Zero, região central da cidade, estão reunidos manifestantes favoráveis ao Governo. Neste momento, cerca de 400 pessoas, segundo a organização, circulam pela área. O clima é de tranquilidade e muitas crianças acompanham os pais.

No segundo jardim da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, os manifestantes favoráveis ao impeachment estão reunidos. De acordo com o movimento Vem Pra Rua, a mobilização já conta com mais de 200 integrantes. Muitas famílias vestido verde a amarelo carregam faixas e cartazes contra a presidente Dilma Rousseff.

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