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Manifestações no Paraná questionam preço dos pedágios

Pela manhã, movimentos sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam 16 das 27 praças de pedágio no Paraná


	"Nós ocupamos a praça [de pedágio] para denunciar o preço abusivo do pedágio que encarece muito o transporte. (...) O preço está fora da realidade e onera o custo de vida das famílias e também acaba incluído no custo da produção", disse Bagnara
 (USP Imagens)

"Nós ocupamos a praça [de pedágio] para denunciar o preço abusivo do pedágio que encarece muito o transporte. (...) O preço está fora da realidade e onera o custo de vida das famílias e também acaba incluído no custo da produção", disse Bagnara (USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 20h19.

Brasília - No Paraná, o Dia Nacional de Luta foi marcado por reivindicações contra o preço dos pedágios no estado. Pela manhã, movimentos sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam 16 das 27 praças de pedágio no Paraná. Centenas de manifestantes reclamaram dos preços pagos e liberaram a passagem de veículos.

Até o final da tarde desta quinta-feira (11), de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), todas as praças estavam desocupadas. Também houve o bloqueio da BR-277, no trecho do quilômetro (km) 68, em São José dos Pinhais, e no trecho do km 99,6, em Curitiba e da BR-376, bloqueada na altura do km 626.

"Nós ocupamos a praça [de pedágio] para denunciar o preço abusivo do pedágio que encarece muito o transporte. Um caminhão grande chega a pagar quase R$ 600 se sair de Foz do Iguaçu e for até o Porto de Paranaguá. O preço está fora da realidade e onera o custo de vida das famílias e também acaba incluído no custo da produção", disse à Agência Brasil o membro da coordenação estadual do MST, Edson Bagnara.

Bagnara também questionou a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias e cobrou a queda das tarifas. "Queremos que os preços caiam. Elas [as concessionárias] não fizeram a duplicação, nem nada, eles só mantêm o asfalto, nada mais, por isso, existe uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] na Assembleia Legislativa. O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado também estão investigando as concessões", disse.

Em Curitiba, houve mobilização no centro da cidade. Entre as principais reivindicações estavam a redução das tarifas do transporte público e dos pedágios em estradas estaduais, reforma agrária e a democratização da comunicação. No início da tarde, os funcionários responsáveis pela limpeza pública fizeram manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.


Os motoristas e cobradores de ônibus suspenderam as atividades até o início da noite. Os Correios também suspenderam as atividades no estado. Por causa das manifestações, as escolas municipais de Curitiba encerraram as atividades às 15h.

Em razão das manifestações, uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo na Câmara Municipal de Curitiba foi transferida para a próxima semana.

Funcionários e representantes do Hospital de Clínicas (HC) fizeram paralisação em apoio ao movimento. Somente os serviços de urgência e emergência foram mantidos.Segundo o hospital, os pacientes que têm consulta marcada devem agendar um novo horário.

Trabalhadores do setor automotivo também fizeram protestos. Pela manhã, os trabalhadores fecharam o trânsito na BR-376 e em São José dos Pinhais. Todas as vias já foram liberadas. Pelo menos nove indústrias foram paralisadas: Volvo, Renault, WHB, CNH (New Holland), Abraser, Plásticos do Paraná, Perfecta, Cabs e Volkswagen.

O Dia Nacional de Luta é organizado por centrais sindicais e movimentos sociais. As principais reivindicações dos trabalhadores são o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, a aceleração da reforma agrária e a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde.

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