Brasil

Manifestação reivindica mais recursos para a saúde

Projeto Lobby Day, como é chamado, foi organizado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama)

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 16h09.

Brasília – Pelo menos 150 pacientes que superaram o câncer de mama e representantes de instituições de 16 estados e do Distrito Federal fizeram, hoje (27), Dia Nacional do Combate ao Câncer, uma mobilização para pedir mais recursos para a Saúde.

O Projeto Lobby Day, como é chamado, foi organizado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).

As pacientes fizeram um ato simbólico no gramado em frente ao Congresso Nacional onde colocaram várias bandeiras, nesta manhã. A ação também organizou um twitaço para mobilizar a sociedade civil e espalhar para o maior número de pessoas mensagens de conscientização sobre a causa.

Julia Maria Pohlmann Braga tem 65 anos e mora em Valinhos, município de São Paulo há três anos. Ela descobriu que tinha câncer de mama fazendo a apalpação. “É inimaginável, quem não passou por isso não pode imaginar o choque que é. Como eu tinha um seguro de saúde fiz o tratamento e não precisei tirar a mama.

O tratamento foi muito sofrido, meu câncer era agressivo, mas a gente consegue superar isso tudo e seguir em frente e agora empenhamos nossa vida em ajudar aos outros”, disse Julia Maria.

A pedagoga Alciete Silva de Castro tem 39 anos e mora em Manaus (AM).

Ela descobriu que tinha um nódulo nos seios quando tinha 24 anos fazendo o exame de prevenção. “Achei um caroço e fui fazer a biópsia na época. Eu morava no interior do Pará, lá não tinha mastologista”. Alciete foi atendida e acompanhada clinicamente por um ginecologista que “fez uma punção” e o resultado foi apresentado foi negativo para o câncer.


Depois da punção ela desenvolveu um câncer muito rápido, dentro de duas semanas o caroço já estava do tamanho de um limão pequeno. “Fui para Manaus e o médico constatou que era o câncer. Foi um impacto muito grande porque fui acreditando que era benigno” disse a pedagoga.

Alciete Castro começou seu tratamento quatro meses após ter descoberto a doença.

“O tratamento foi demorado, fiz 12 sessões de quimioterapia e 38 sessões de radioterapia, meu cabelo caiu. Eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo comigo. Eu era muito jovem, tinha acabado de fazer faculdade e estava fazendo minha pós-graduação” disse ela.

Aos 29 anos Alciete ela teve uma recidiva – volta do câncer - e retirou a outra mama.

“Fiz o tratamento todo de novo, comecei do zero, e por orientação dos médicos, aos 30 anos fiz uma histerectomia – retirada total da mama - para prevenir outra recidiva. A prevenção é o melhor remédio, quando o câncer é detectado logo no inicio e é feito o tratamento a cura é de 100%”, completou a pedagoga.

Atualmente a doença representa a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas daquelas causadas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ao menos 518 mil pessoas são acometidas pela enfermidade anualmente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Dessas, 260 mil são mulheres afetadas, em sua maioria, pelo câncer de mama, responsável por 52.680 casos.

Acompanhe tudo sobre:BrasíliaCâncercidades-brasileirasDoençasSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP