A hidrelétrica, que será construída sobre o rio Xingu, no Pará, terá 24 turbinas de geração Y quando começar a operar, o que é previsto para fevereiro de 2015 (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 19h21.
Belém - Índios, colonos e ribeirinhos realizaram manifestação nesta quinta-feira e voltaram a ocupar um dos três canteiros de obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, estado do Pará.
De acordo com a "Agência Brasil", pelos cálculos do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), "os manifestantes não passam de 60 pessoas, sendo apenas 10 índios", enquanto a ONG Xingu Vivo calcula que são aproximadamente 150 pessoas, incluindo índios das etnias Juruna, Xypaia, Kuruaia e Canela.
Segundo a organização não-governamental, "a ocupação é um protesto contra o que os manifestantes classificam como descumprimento das condicionantes exigidas da empresa Norte Energia e também com a falta de informações sobre os reais impactos do empreendimento".
A construtora acabou interrompendo as obras e os, aproximadamente, 4,5 mil funcionários foram retirados do local por motivos de segurança. A Força Nacional de Segurança enviou um grupo de agente ao para negociar com os ativistas.
A advogada Maira Irigaray, que participou da ocupação, denunciou à Agência Efe, que "os policiais retiraram os ativistas para fazer depois o que quisessem como os índios". Segundo a manifestante, o mexicano Ivan Castro Torres chegou a ser detido momentaneamente e foi solto fora da área da obra.
A hidrelétrica, que será construída sobre o rio Xingu, no Pará, terá 24 turbinas de geração Y quando começar a operar, o que é previsto para fevereiro de 2015, e será a terceira maior do mundo, atrás da usina chinesa de Três Gargantas e da binacional Itaipu.