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Manifestação no Rio homenageia vítimas de atentado na França

Cerca de 20 pessoas reunidas no Parque da Cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, empunharam cartazes e lápis

Manifestante em Niterói (RJ) segura lápis em tributo às vítimas de ataque ao jornal francês Charlie Hebdo (REUTERS/Ricardo Moraes)

Manifestante em Niterói (RJ) segura lápis em tributo às vítimas de ataque ao jornal francês Charlie Hebdo (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 05h53.

Niterói - Com cartazes em francês que diziam "Rio é Charlie" e a "A liberdade de joelhos, nunca!", o Rio de Janeiro e Niterói se uniram nesta quinta-feira a outras cidades do mundo todo que se manifestaram em solidariedade às vítimas do atentado contra a revista satírica "Charlie Hebdo" em Paris.

Cerca de 20 pessoas reunidas no Parque da Cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, empunharam cartazes e lápis com os quais formaram cruzes em representação dos 12 mortos no massacre ocorrido na quarta-feira. Lado a lado, as bandeiras do Brasil e da França e, atrás de todos, a silhueta inconfundível das montanhas da metrópole carioca.

"Escolhemos este lugar porque representa o Rio de Janeiro. Aqui está toda a cidade em sua beleza, em seu esplendor, representada, e dizendo ao povo francês: nós estamos com vocês", explicou à Agência Efe o fundador da ONG Rio de Paz e idealizador do protesto, Antônio Carlos Costa.

Entre os participantes havia gente de todas as idades, desde crianças de colo a idosos. O militar João Alberto Lima era um dos muitos visitantes do parque que decidiram se unir à mobilização por compreender que "é um ato de cidadania".

"Devemos participar, porque é inaceitável que ocorra um atentado e que ninguém se pronuncie, que nada seja feito. Então, pelo menos, é uma forma de demonstrar a insatisfação mundial em relação ao ocorrido", declarou Lima.

Essa mesma opinião foi compartilhada por Costa. "Quando tamanho atentado à liberdade de imprensa, aos valores republicanos, democráticos, é cometido, a humanidade, o mundo livre tem a obrigação de se levantar e gritar contra". "A nossa geração tem que frear o terrorismo. Não pode uma pessoa entrar no ambiente de trabalho de outra e, por discordar de seus pensamentos, interromper sua vida de modo banal", opinou o fundador da ONG. 

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