MST: "Viemos dizer que a sociedade não concorda com essa ruptura democrática", disse um agricultor (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2016 às 11h54.
Brasília - Um grupo de manifestantes, com cerca de mil integrantes, de acordo com os organizadores, estava concentrado por volta das 10h em frente ao Museu da República. Eles devem se dirigir para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde ocorre, nesta quarta-feira, o desfile de 7 de Setembro.
Os manifestantes organizaram uma fila e devem marchar na pista contrária ao evento. O protesto começa a ganhar corpo e conta com integrantes do MST, Contag e CUT. O clima por enquanto é de tranquilidade.
"Viemos dizer que a sociedade não concorda com essa ruptura democrática", disse o agricultor Tatiano Tavares, que organizou uma vaquinha para trazer integrantes do Movimento de Luta pela Terra.
Segundo Tavares, a relação do novo governo com os movimentos sociais será "tensa". "Eles são contra empoderar o povo e colocar os trabalhadores para dividir a gestão do país", disse Tavares.
A mobilização dos manifestantes também se deu por meio das redes sociais, atraindo estudantes universitários como a mestranda em Ciência Política Ariadne Santiago, que carregava um cartaz criticando a ausência de mulheres no ministério de Temer. "Isso é retrógrado, atrasado, um retrocesso para as mulheres que não se veem representadas no governo", disse.
Uma equipe de filmagem do PT na Câmara está acompanhando a manifestação e coletando depoimento das pessoas pedindo a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-SP). Segundo o jornalista Rogério Tomaz, a ideia é estimular o engajamento da militância. "Não podemos deixar prevalecer a operação para salvar o mandato de Cunha."