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Mandetta diz que não aceitou demissão de secretário: "sairemos juntos"

O ministro da Saúde está ameaçado de demissão pelo presidente Jair Bolsonaro em meio a atuação da pasta contra o coronavírus

Coletiva do Ministério da Saúde: autoridades atualizaram situação do país em relação ao coronavírus (Ueslei Marcelino/Reuters Brazil)

Coletiva do Ministério da Saúde: autoridades atualizaram situação do país em relação ao coronavírus (Ueslei Marcelino/Reuters Brazil)

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Reuters

Publicado em 15 de abril de 2020 às 17h33.

Última atualização em 15 de abril de 2020 às 19h49.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira, 15, que não aceitou o pedido de demissão do secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Oliveira, e destacou ao lado dele que a equipe que entrou junta vai sair junta.

"Vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde", disse Mandetta, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado de Wanderson e do secretário-executivo do ministério, João Gabbardo. "Por isso, eu fiz questão de vir aqui nessa coletiva de hoje".

Segundo Mandetta, que está ameaçado de demissão pelo presidente Jair Bolsonaro, a entrevista desta quarta-feira é mais uma "rotina" para o ministério, que tem feito boletins presenciais sobre a atuação da pasta no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O ministro disse que, no período, os boletins têm sido apresentados por ele, Wanderson e Gabbardo, e que hoje não seria diferente.

Mandetta classificou como "ruído" uma carta que Wanderson enviou a pessoas próximas mais cedo em que dizia que iria deixar o posto do ministério. O secretário é o responsável direto por desenhar as medidas de combate ao coronavírus.

Mandetta disse que só vai sair do cargo em três situações: quando o presidente não quiser mais seu trabalho, se precisar ser afastado por motivo de doença ou quando sentir que seu trabalho não é mais necessário porque já foi atravessado o auge do stress.

Pico da doença

O ministro explicou que atribui a maio e junho os piores meses para o novo coronavírus no Brasil por conta da "sazonalidade de influenza", ou seja, do período de gripe, que coincide com o inverno no hemisfério Sul.

"Na região sudeste temos histórico de síndromes respiratórias agudas graves no mês de maio. Soma-se a isso, o coronavírus. Em junho e julho é a sazonalidade na região Sul, onde há maior concentração de idosos", disse o ministro.

Ele voltou a dizer que a bússola de seu trabalho é a ciência e que o vírus esta escrevendo a sua historia natural. "O vírus está conhecendo a sociedade brasileira e a sociedade brasileira esta conhecendo o vírus".

Veja a coletiva:

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