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Mandados coletivos não serão "carta branca", diz Jungmann

De acordo com Jungmann, este tipo de mandado não restringe a busca a uma área específica, prevendo assim os deslocamentos de criminosos

Jungmann: "Não existe carta branca, nem carta negra, nem carta cinza", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jungmann: "Não existe carta branca, nem carta negra, nem carta cinza", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 17h12.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 17h35.

Após reunião dos Conselhos da República e de Defesa Nacional, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro demandará mandados de busca e apreensão coletivos, quando a Justiça autoriza a aplicação dessas medidas para aplicação em uma área mais abrangente.

De acordo com Jungmann, este tipo de mandado não restringe a busca a uma área específica, prevendo assim os deslocamentos de criminosos.

Questionado se a medida não seria uma espécie de "carta branca" para os militares das Forças Armadas que vão atuar na segurança do Rio, o ministro negou. "Não existe carta branca, nem carta negra, nem carta cinza", disse. Segundo ele, o uso do mandado de busca e apreensão de captura será usado com a "máxima transparência".

De acordo com o ministro, esse instrumento é mais eficaz para a realidade urbana do Rio de Janeiro onde muitas vezes há a autorização para busca e apreensão de um criminoso em determinado local e ele se desloca.

"Isso é uma ordem judicial que já foi empregada outras vezes no Rio de Janeiro e estamos peticionando que volte a ser utilizada em alguns lugares. Em lugar de você colocar rua tal, quadra tal [no mandado], você vai dizer uma rua inteira, uma área ou um bairro. Em lugar de ser uma casa pode ser uma comunidade, um bairro. Isso tudo com a máxima transparência, com a participação do Ministério Público e obviamente que só podemos fazê-lo se tivermos uma ordem judicial para tanto", explicou o ministro.

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