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Mancha de óleo no Nordeste mobiliza voluntários; veja fotos e vídeos

Redes sociais mostram vídeos e fotos de coleta do óleo em praias afetadas e limpeza de animais em meio a criticas sobre omissão do governo

Mancha de óleo no Nordeste mobiliza voluntários (Teresa Maia/Reuters)

Mancha de óleo no Nordeste mobiliza voluntários (Teresa Maia/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 12h59.

Última atualização em 20 de outubro de 2019 às 13h11.

São Paulo - A mancha de petróleo que atingiu a costa do Nordeste tem gerado mobilizações de voluntários para conter os danos, em fotos e vídeos que ganharam as redes sociais.

Um deles mostra a limpeza de uma tartaruga marinha que teria sido encontrada nesta quarta-feira (16), na Praia de São Bento, em Maragogi, em Alagoas.

As iniciativas foram destacadas por membros de vários campos do espectro político, como o deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP), que ficou famoso como o youtuber Mamãe Falei, e Marcelo Freixo (PSOL/RJ), líder da oposição no Congresso.

Ela também motivaram uma reação do time de futebol Esporte Clube Bahia, que deve usar camisas com marcas de óleo em jogo amanhã, de acordo com uma postagem na sua conta oficial no Twitter:

Contexto

O governo confirmou que o petróleo é venezuelano, o que não significa dizer necessariamente que a Venezuela seja a responsável pelo vazamento ou sua causa, de acordo com declaração de Eduardo Bim, chefe do Ibama, na quinta-feira (17).

O vazamento pode ter ocorrido por volta do dia 14 de junho m uma região entre 600 km e 700 km da costa, na altura dos estados de Sergipe e Alagoas, de acordo com uma simulação feita por pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sob encomenda da Marinha.

As manchas têm potencial para restringir o trabalho de até 144 mil pescadores e marisqueiros. Esse é o número de profissionais da pesca cadastrados nas 77 cidades cujo litoral foi atingido, segundo o Ministério da Agricultura.

Na quarta-feira (16), a ministra Tereza Cristina anunciou que o governo vai antecipar em um mês o pagamento do seguro-defeso para afetados; o benefício, no valor de um salário mínimo, é dado a pescadores durante o período em que há necessidade de interromper a atividade para permitir a reprodução das espécies.

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