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Major deputado convoca greve da PM em SP

Olímpio está cada vez mais próximo do vereador e também coronel da PM, Paulo Telhada (PSDB)


	Carro da Polícia Civil: reação de Olímpio Gomes e Telhada ocorre um dia depois de governo do Estado anunciar a decisão de aumentar salários dos policiais civis
 (Eudoxio/Wikimedia Commons)

Carro da Polícia Civil: reação de Olímpio Gomes e Telhada ocorre um dia depois de governo do Estado anunciar a decisão de aumentar salários dos policiais civis (Eudoxio/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 15h53.

São Paulo - O deputado estadual major Olímpio Gomes (PDT) afirmou nesta quinta-feira, 26, que vai "pôr a tropa da ativa na rua" e "fechar a frente do Palácio dos Bandeirantes".

Olímpio foi um dos líderes da manifestação dos policiais civis - da qual também participaram militares aposentados - em 2008. Ela terminou em confronto na frente da sede do governo paulista com os PMs que defendiam a sede do governo paulista.

"Desta vez vai ser bem pior, pois não vai haver Tropa de Choque para defender o governo", ameaçou o deputado.

Olímpio está cada vez mais próximo do vereador e também coronel da PM, Paulo Telhada (PSDB). Em seu Facebook, Telhada disse que o governador Geraldo Alckmin trata os PMs como "filhos bastardos".

A reação dos dois ocorre um dia depois de o governo do Estado anunciar a decisão de aumentar os salários dos policiais civis.

Conhecido pelo tom incendiário de seus discursos, Olímpio afirmou que a marcha ao Palácio vai ocorrer na próxima semana.

Ele disse ainda que vai começar a prepará-la nesta quinta, às 16h, quando organizará protestos em frente à sede da Tropa de Choque, no centro, e do quartel do Comando Geral, na Praça Coronel Fernando Prestes, também no centro de São Paulo.

"Não somos contrários ao que foi concedido aos delegados e investigadores. Mas o governo decidiu promover essa guerra ao não conceder nada aos policiais militares, à Polícia Científica e às 12 carreiras da Polícia Civil", afirmou o deputado.

Olímpio votou a favor da emenda que tornou os delegados uma carreira jurídica em 2012. Foi essa lei que, segundo o governo do Estado, criou agora a obrigação de se reajustar os salários dos delegados. "Mas também votei pelo reconhecimento do curso superior para os soldados", disse.

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