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Mais Médicos não é contra profissional brasileiro, diz Dilma

Em pronunciamento de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é medida “a favor da saúde”


	Dilma Rousseff: presidente frisou que Mais Médicos “está se tornando realidade"
 (José Cruz/ABr)

Dilma Rousseff: presidente frisou que Mais Médicos “está se tornando realidade" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 20h47.

Brasília - A presidente da República, Dilma Rousseff, reforçou hoje (6) a importância da vinda de médicos brasileiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”.

“A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.

A presidente também disse que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos.

“A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.

De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidente também frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse também que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”.

A presidente disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.

Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidente. Sobre a reforma política, a presidente celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.


Já na educação, foi reforçado a reserva, para a área, de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.

O discurso, veiculado na véspera de Sete de Setembro, começou às 20h30 de hoje (6) e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidente fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”.

Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.

A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Nesta quarta-feira (4), foi instalada comissão geral na Câmara para apreciar o tema.

Na sessão de lançamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os profissionais médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina.

“O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.

A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à Nação já é prática entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.

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