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Mais Médicos atende a uma reclamação da sociedade, diz Dilma

Segundo Dilma Rousseff, a consulta por demanda de médicos em todo país apontou a necessidade de contratação de 15 mil profissionais


	Dilma Rousseff: sobre o Pronatec, presidente destacou três pontos como essenciais ao programa - qualidade e diversidade dos cursos e o empenho dos estudantes
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma Rousseff: sobre o Pronatec, presidente destacou três pontos como essenciais ao programa - qualidade e diversidade dos cursos e o empenho dos estudantes (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 18h19.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff voltou a defender hoje (29) o Programa Mais Médicos e disse que o projeto atende a uma reclamação da sociedade. A declaração foi feita durante seu discurso na formatura de 1,7 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Campinas.

“Fizemos esse programa [Mais Médicos] porque há uma reclamação [da sociedade]. O governo que não escutar a reclamação do povo, não é um bom governo. Nós escutamos que a saúde tem um problema, o atendimento. Então fizemos um programa de chamamento para onde não tinham médicos suficientes. Aqui no Brasil, há 700 municípios em que nenhum médico mora lá”, disse a presidente.

Segundo Dilma Rousseff, a consulta por demanda de médicos em todo país apontou a necessidade de contratação de 15 mil profissionais.

Para justificar a vinda de médicos estrangeiros, a presidente ressaltou que “não houve número de médicos suficientes para alguns lugares do Brasil, que geralmente tem menos médicos, como periferias, interior do país, zona de fronteira, Semiárido nordestino e Amazônia e algumas regiões de grande pobreza com Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] muito baixo”.

A presidente disse que, nos Estados Unidos, a cada 100 médicos, 25 são estrangeiros. Na Inglaterra, o número chega a 37. Já no Brasil, o índice de médicos estrangeiros chega a 1,7 a cada 100 profissionais em atuação.

Sobre o Pronatec, a presidente Dilma Rousseff destacou três pontos como essenciais ao programa: qualidade e diversidade dos cursos e o empenho dos estudantes. “Em nenhum país do mundo houve avanços significativos enquanto as pessoas não estudaram”.

“O Brasil precisa imensamente de profissionais com capacidade de trabalho, que tenham especialização. Nós somos um país que está se desenvolvendo rapidamente. Cada vez mais os trabalhos menos especializado vão perder importância e aqueles que pareciam menos especializados vão mudar, com a chegada do computador”, disse a presidente.

Desde o início deste ano, foram matriculadas 3.184 alunos em Campinas, onde foram oferecidas 5.555 vagas a serem preenchidas até o fim do ano, totalizando um investimento de R$ 11,1 milhões. Em agosto, o Pronatec matriculou 657.241 estudantes em 1.872 municípios. A meta do governo federal é qualificar 1 milhão de brasileiros para o mercado de trabalho até 2014.

Entre os cursos mais demandados na cidade de Campinas, destacam-se o de operador de máquina de usinagem com comando numérico computadorizado; auxiliar de operações e logísticas, operador de empilhadeira e operador de torno com comando numérico computadorizado.

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