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Mais de 600 auditores da Receita Federal já entregaram os cargos

Balanço foi divulgado pelo Sindifisco, que também convocou assembleia para definir mobilização para esta quinta-feira

 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 16h41.

Última atualização em 23 de dezembro de 2021 às 16h42.

A debandada de auditores fiscais da Receita Federal já soma 635 renúncias a cargos de chefias e de comissão, até às 15 horas desta quinta-feira, 23, segundo informou o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco).

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Hoje, 44 conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) entregaram pedido coletivo de afastamento dos cargos, conforme o Broadcast noticiou. Segundo o Sindifisco, o número deve aumentar até o final da assembleia que acontece nesta quinta.

Além dos conselheiros do Carf, os delegados e adjuntos da 1ª Delegacia da Receita Federal, de Brasília, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e chefes da área de inteligência de todo País entregaram os cargos de chefia hoje.

Sobre os conselheiros do Carf, Kleber Cabral, presidente do Sindifisco Nacional, destaca que "a entrega dos mandatos de conselheiro e a paralisação dos julgamentos no Carf, neste momento, tem um componente extra". "Em janeiro, voltariam as sessões sem limite de valor, quando começariam a ser julgados os recursos mais relevantes, desde que foi extinto o voto de qualidade."

Ainda segundo o Sindifisco, as renúncias se devem "ao descaso do governo", para com auditores da Receita Federal.

Como revelou o Broadcast Político, auditores da Receita já ameaçavam um movimento em massa ainda na tarde desta terça-feira 21, antes mesmo da aprovação do orçamento de 2022, que destina R$ 1,7 bilhão para reajuste apenas de policiais federais, categoria importante para os planos de reeleição de Bolsonaro.

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