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Mais de 40% dos brasileiros avaliam serviços do SUS como regulares

A proporção de entrevistados satisfeitos ficou em 28,9% e de insatisfeitos, em 28,5%

O estudo ouviu, no total, 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010 (VEJA SP)

O estudo ouviu, no total, 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010 (VEJA SP)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 20h01.

Brasília - Estudo divulgado hoje (8) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 42,6% dos brasileiros classificam os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como regulares. A proporção de entrevistados satisfeitos ficou em 28,9% e de insatisfeitos, em 28,5%.

Para a diarista Judite Aparecida Santana, de 47 anos, os serviços do SUS são regulares por conta da demora para marcar consultas e outros atendimentos. "Minha saúde não é nada boa, tenho câncer no estômago e não tenho condição de pagar uma consulta pré-operatória, recorri ao SUS para tentar marcar a consulta e só consegui para daqui a cinco meses, não sei como estarei até lá" disse.

O estudo ouviu, no total, 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010. O objetivo foi avaliar a percepção da população sobre serviços prestados pelo SUS. A pesquisa incluiu também perguntas sobre planos e seguros privados de saúde.

Entre os que tiveram alguma experiência com o SUS nos últimos 12 meses, a proporção de opiniões de que os serviços são muito bons ou bons foi maior (30,4%) do que entre os que não usufruíram dos serviços (19,2%) no período.

O vendedor Anderson dos Santos, de 40 anos, precisou do sistema público de saúde há dois anos para se submeter a uma cirurgia de coluna e não tem do que reclamar. "O SUS é bom, salvou minha vida, há dois anos descobri uma hérnia de disco e estava sem andar, entrei com o pedido de cirurgia pelo SUS e, um mês depois, fui operado. Poderia ter ficado paraplégico", contou.

O estudo do Ipea também mostra que a proporção de opiniões de que os serviços prestados são ruins ou muito ruins é maior entre os entrevistados que não tiveram experiência com o SUS (34,3%), em comparação com os que tiveram alguma experiência nos últimos 12 meses (27,6%).

Em ambos os grupos, predominam as avaliações do SUS como regulares.

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