Pesquisador segura frasco com mosquitos Aedes aegypti: segundo os dados divulgados hoje, os mutirões já ocorreram em 80% dos municípios brasileiros (Nelson Almeida / AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 12h13.
A campanha de combate ao Aedes aegypti já alcançou 40,9% dos imóveis do país.
Agentes comunitários de saúde e militares das Forças Armadas já realizaram vistorias para exterminar os focos do mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika em 27,4 milhões de domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais.
De acordo com balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle de Enfrentamento à Microcefalia, divulgado hoje (19), o número representa um aumento de 15% em relação ao balanço anterior, divulgado na semana passada, quando 23,8 milhões de visitas tinham sido feitas.
Segundo os dados divulgados hoje, os mutirões já ocorreram em 80% dos municípios brasileiros.
Foram 3,5 milhões de visitas na última semana, o que, para o coordenador da sala nacional de controle do Ministério da Saúde, Marcos Quito contribui para a conscientização da população.
“A cada semana, o engajamento de agentes comunitários de saúde, de controle de endemias e de militares reflete no aumento dos registros de imóveis visitados, por estado. Isso significa uma maior conscientização da população sobre as ações de prevenção às infecções causadas pelo Aedes e também a eliminação de focos do mosquito, no momento da vistoria”, disse Quito.
Durante as visitas, os agentes identificaram 984,3 mil imóveis com focos do mosquito, o que representa 3,77% do total visitado.
A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1%. A entrada dos agentes foi recusada em 91,6 mil imóveis e 6,1 milhões de domicílios estavam fechados.
O objetivo da campanha criada pelo governo federal é visitar todas as casas do país para eliminar os criadouros.
Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências.
Caso haja recusa, o governo federal autorizou a entrada forçada dos agentes em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados ou que não tenha ninguém para permitir o acesso ao local.
Para ficar comprovada a ausência de quem autorize a vistoria, é necessário que o agente realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, em um intervalo de dez dias.