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Mais da metade dos brasileiros rejeita militares em postos do governo

Pesquisa do Datafolha mostra que 54% da população é contra a nomeação de militares para cargos no governo federal

O presidente Jair Bolsonaro na formatura e diplomação de militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio de Janeiro. (Fernando Frazão/Agência Brasil/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro na formatura e diplomação de militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio de Janeiro. (Fernando Frazão/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2021 às 18h50.

A nomeação de militares para cargos no governo federal é rejeitada por 54% dos brasileiros, aponta pesquisa do Datafolha publicada neste sábado. O levantamento do instituto indicou ainda que 41% da população é favorável à presença de oficiais em postos do executivo, enquanto 5% não souberam opinar. A pesquisa foi realizada presencialmente, nos dias 11 e 12 de maio, com 2.071 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais e para menos.

Em pesquisa semelhante realizada um ano atrás, a opinião também era majoritariamente contra as nomeações, aponta a Folha de S.Paulo. Na ocasião, 52% se disseram contrários, ante 43% favoráveis.

O Datafolha segmentou as respostas e, entre quem avalia o atual governo como ótimo ou bom, a aprovação aos militares no governo é de 75%. Dentre os participantes homens, os favoráveis são 46%. Já na divisão por região, o Sul é que mais apoia a presença (44%), seguido pelo Nordeste (39%). No grupo daqueles que sempre confiam nas declarações de Bolsonaro, a aprovação aos militares em cargos do governo federal tem a maior aceitação, de 83%. No grupo de empresários, a aprovação é de 64% e, no de evangélicos, de 48%.

Entre os entrevistados com ensino superior, 58% rejeitam a presença militar. O porcentual pula para 62% entre os funcionários públicos e para 69% entre os eleitores do ex-presidente Lula. Dos que reprovam o governo Bolsonaro, 75% também rejeitam os militares nos postos de comando do governo federal. Já entre os que defendem o impeachment do presidente a taxa de desaprovação é de 74% e entre os desempregados, de 66%.

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