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Maioria das famílias tem dívida, revela pesquisa

Estudo do Iepa mostra que apesar do alto número de endividados, apenas em 27% dos casos o valor é considerado alto pela família

Marcio Pochmann, presidente do Ipea (Antonio Cruz/ABr/Arquivo)

Marcio Pochmann, presidente do Ipea (Antonio Cruz/ABr/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A maior parte da população brasileira revelou ter alguma dívida em agosto, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que calculou o Índice de Expectativas das Famílias. Segundo o levantamento, 54,15% das famílas entrevistadas declararam ter alguma dívida.

A pesquisa aponta que a dívida média mensal das famílias brasileiras chega a R$ 5.426,59. As informações foram divulgadas hoje (31) pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, no Rio de Janeiro.

A pesquisa indica também que quase 20% das famílias têm alguma conta atrasada, mas cerca de 60% acreditam que conseguirão quitar essas dívidas total ou parcialmente no próximo mês.

Segundo Pochmann, entre as 3.810 famílias entrevistadas em mais de 200 cidades do país, 71,7% declararam não ter dívida ou ter uma dívida muito reduzida a ponto de não se preocuparem. O percentual das que disseram estar muito ou mais ou menos endividadas é de 27,9%.

"De maneira geral, o indicador de endividamento das famílias brasileiras é muito baixo. Apenas uma família em cada dez encontra-se com grau de endividamento elevado. Mas, nesse grupo [muito endividado], temos um número significativo, o que exigiria um cuidado especial, principalmente nas regiões onde as dívidas estão mais elevadas", disse o presidente do Ipea.

Para ele, é preciso que o Brasil mantenha o ritmo de expansão econômica e garanta a geração de mais empregos, "porque isso dará mais conforto a essas famílias que terão condições de honrar suas dívidas". Pochmann também destacou a importância de as famílias aprenderem a usar melhor os instrumentos de crédito disponíveis no país.

A melhor situação em relação ao endividamento foi registrada entre as famílias da Região Centro-Oeste e a situação mais complicada foi verificada no Norte, onde apenas 16% declararam não ter dívida alguma.

Entre os mais endividados estão mulheres e pessoas que se declararam amarelas e negras.

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