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Maioria de aliados de Sarney perde disputas no MA e AP

Resultados mostram o ocaso do grupo político de Sarney, que, aos 84 anos, desistiu de concorrer a um cargo eletivo


	José Sarney e Roseana Sarney na convenção nacional do PMDB
 (Valter Campanato/ABr)

José Sarney e Roseana Sarney na convenção nacional do PMDB (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 18h35.

Brasília - A maioria dos aliados do ex-presidente da República e senador José Sarney (PMDB-AP) perdeu as disputas eleitorais nesse domingo, 5, no Maranhão e no Amapá.

Os resultados mostram o ocaso do grupo político de Sarney, que, aos 84 anos, desistiu de concorrer a um cargo eletivo este ano e encerrou uma das mais longevas carreiras políticas no País.

Os dois concorrentes a cadeiras no Senado ligados ao patriarca perderam as respectivas eleições. Por uma diferença de 7.257 votos, o ex-senador Gilvam Borges (PMDB) foi derrotado pelo deputado federal Davi Alcolumbre (DEM) na corrida a uma vaga de senador pelo Amapá.

Borges substituiu Sarney, uma vez que o atual senador seria o candidato natural.

Outro nome que não conquistou uma cadeira ao Senado pelo Maranhão, terra natal de Sarney, foi Gastão Vieira (PMDB) o deputado federal e ex-ministro do Turismo no governo Dilma.

Ele perdeu a corrida para o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), por uma diferença 193.544 votos.

Entretanto, a derrota política mais expressiva ocorreu na disputa ao governo maranhense. O ex-presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) Flávio Dino (PCdoB) venceu no primeiro turno o senador Lobão Filho (PMDB).

Dino bateu o aliado de Sarney por 1,8 milhão de votos contra 995 mil votos - em votos válidos 63,52% a 33,69%.

Na disputa a cargos majoritários, o único aliado do cacique do PMDB com chances de vencer é o ex-governador Waldez de Góes (PDT), que disputará o segundo turno ao governo do Amapá.

Ele teve 42,18% dos votos válidos contra 27,53% de Camilo Capiberibe (PSB), candidato à reeleição ao governo estadual.

Waldez foi preso em 2010 pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas, sob a acusação de ter desviado mais de R$ 170 milhões dos cofres públicos.

Desde que se lançou ao Senado, em 1990, Sarney se reelegeu em 1998 e 2006 a uma cadeira de senador pelo Amapá.

Verdes

Dois familiares do peemedebista, que são filiados ao Partido Verde, se elegeram para cargos em Legislativo. O deputado federal Sarney Filho (PV-MA) foi reeleito para mais quatro anos na Câmara.

Zequinha Sarney, como é conhecido, vai para o nono mandato consecutivo - está na Casa desde 1983.

O economista Adriano Sarney, também do PV, foi eleito pela primeira vez deputado estadual pelo Maranhão. Adriano é filho de Sarney Filho e neto do patriarca e é tido como aposta da nova geração da família na política.

A última grande cartada de Sarney foi a filha Roseana (PMDB), atual governadora do Maranhão, que também desistiu de concorrer a cargos públicos nesta eleição.

No início de 2002, então no PFL (atual DEM), Roseana desistiu de concorrer à Presidência da República depois que uma operação da Polícia Federal apreendeu em uma empresa da qual era sócia R$ 1,34 milhão não declarados.

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