Obeso: os dados apontam ainda que 14,3% dos entrevistados não fazem atividade física, 13,5% são fumantes e 15% abusam da ingestão de álcool (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 16h13.
São Paulo - Mais da metade da população paulista (52,6%) estão acima do peso, aponta levantamento divulgado hoje (3) pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Foram entrevistadas, por telefone, 5,7 mil pessoas da capital e do interior com objetivo de avaliar os fatores de risco e de proteção para doenças crônicas.
Na análise por gênero, os homens apresentam um percentual um pouco maior, 54,9%.
Entre as mulheres, 50,4% estão com excesso de peso.
O sobrepeso entre a população do estado está um pouco acima da média nacional, que é de 51%.
“É necessário monitorar como está o hábito da nossa população e desenvolver políticas públicas que deem resposta a esses índices elevados, como o do excesso de peso”, apontou Marco Antônio de Moraes, do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria.
Em relação à obesidade, o percentual é menor, em torno de 19%.
O órgão destaca que 72% da mortalidade no Brasil estão relacionados a doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias e diabetes. Por isso, a necessidade de avaliar os fatores de risco na população.
Além do excesso de peso, a pesquisa analisou aspectos como a prática de atividade física e o consumo de bebida alcoólica, entre outros.
Os dados apontam ainda que 14,3% dos entrevistados não fazem atividade física, 13,5% são fumantes e 15% abusam da ingestão de álcool.
“É necessário um controle articulado desses fatores de risco. Não adianta querer controlar essas doenças que mais causam morte e pegar só a questão da obesidade”, explicou.
O consumo regular de carne com excesso de gordura, por exemplo, foi identificado em 37,9% dos entrevistados. Para 31,5% dos pesquisados, o refrigerante está presente na alimentação cinco ou mais dias por semana.
Moraes destaca que a obesidade é vista como uma prioridade, porque o percentual de pessoas acima do peso tem diminuído menos do que outros fatores de risco.
Ele destaca como exemplo de política a ser adotada as medidas implantadas contra o tabagismo.
“Há 20 anos, a prevalência de fumantes era acima de 30%. Uma série de medidas foi adotada, como propagandas, capacitações em escolas, tratamento para a dependência, perigo do fumo passivo”, enumerou. Moraes acredita que isso também deve ocorrer com o enfrentamento ao problema do sobrepeso.