Brasil

Maia vai discutir pauta econômica com Henrique Meirelles

O presidente da Câmara vai se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para avaliar a pauta econômica e os assuntos que dependem de votação da Casa


	Rodrigo Maia: entre os temas, Maia disse que irá conversar com Meirelles sobre o projeto de lei complementar do Executivo que trata da renegociação das dívidas dos estados e do Distrito federal com a União
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Rodrigo Maia: entre os temas, Maia disse que irá conversar com Meirelles sobre o projeto de lei complementar do Executivo que trata da renegociação das dívidas dos estados e do Distrito federal com a União (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 18h56.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai se reunir amanhã (27) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para uma avaliação sobre a pauta econômica brasileira e os assuntos que dependem de votação da Câmara.

Entre os temas, Maia disse que irá conversar com Meirelles sobre o projeto de lei complementar do Executivo que trata da renegociação das dívidas dos estados e do Distrito federal com a União.

“Vamos discutir a pauta econômica. Tem o projeto de renegociação das dívidas dos estados. Já tem representantes de alguns estados procurando para debater o mérito da matéria, quero aproveitar e discutir isso com o governo, com o ministro da Fazenda. E há também algumas dúvidas em relação a alguns pontos da repatriação, pois a gente quer ver se vale a pena esclarecer esses pontos”, disse o presidente da Câmara.

A votação do projeto sobre a renegociação das dívidas dos estados está marcada para ocorrer a partir de segunda-feira (1º) no plenário da Câmara. Rodrigo Maia já convocou reunião de líderes para a tarde de segunda para que a votação do projeto seja iniciada na noite do mesmo dia.

A ideia é concluir a votação do texto na primeira semana de agosto.

A proposta, relatada na Câmara pelo deputado Esperidião Amin (PP-SC), e negociada pela equipe econômica com os governadores, permite aos estados alongar a dívida com a União em 20 anos, reduzindo o valor das parcelas pagas hoje.

Em contrapartida, os entes federados se comprometeriam a cortar gastos.PEC dos gastos públicos Maia defendeu hoje a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 241/16), que limita os gastos públicos para as despesas primárias nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (a chamada PEC do teto de gastos públicos).

Pelo texto, o aumento dos gastos públicos ficará limitado à variação da inflação oficial do ano anterior.

Segundo Maia, se houver boa vontade e compromisso da base aliada do governo, mesmo com o processo eleitoral, será possível aprovar a PEC até o final deste ano.

Em relação à declaração do ministro Meirelles de que o governo cogita aumentar impostos se a PEC não fora aprovada, Maia disse que “como vai ser aprovada a PEC, [o ministro] não vai passar por dificuldade de ter que tratar de aumento de impostos aqui [na Câmara]”.

O presidente da Câmara, no entanto, disse que não se sentiu pressionado com o comentário de Meirelles. “É uma questão de dado da realidade. O governo tem necessidade, o Estado tem necessidade de não apenas controlar gastos, mas também de reduzir gastos como um todo, tanto estados, como municípios e a União”, ponderou.

“Todos têm responsabilidade sobre a superação da crise no Brasil. Temos um déficit de R$ 150 bilhões que pode ser crescente. Algo tem que ser feito e temos que decidir se vamos aumentar imposto, o que eu acho que não resolve, ou vamos ter que reformar o Estado. Temos que escolher qual é o caminho, não tem milagre: ou você vai cobrir a despesa que é crescente ou você vai reformar o Estado para que as despesas, em vez crescer, passem a ser decrescentes para que o déficit diminua”, acrescentou Maia.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosExecutivos brasileirosHenrique MeirellesPersonalidadesPolítica no BrasilRodrigo Maia

Mais de Brasil

STF tem maioria para rejeitar revisão da vida toda do INSS

Acidente grave com BRT deixa mais de 60 feridos no Rio de janeiro

X cumpre ordem de Moraes e indica ao STF novo representante legal no Brasil

Quando é o próximo debate para prefeito de SP? Veja data, horário e como assistir ao vivo