Brasil

Maia: talvez a gente não precise de 5 mil juízes do Trabalho

Maia afirmou que a antiga legislação trabalhista é o grande exemplo do "excesso de proteção" previsto pela legislação brasileira

Maia: "Eram leis que, em tese, protegiam, protegiam, protegiam e deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Maia: "Eram leis que, em tese, protegiam, protegiam, protegiam e deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 18h31.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 20,que, com a reforma trabalhista, talvez não seja mais necessário um grande número de juízes do Trabalho no Brasil. Em discurso durante evento do Lide em Porto Alegre, Maia classificou a reforma aprovada pelo Congresso Nacional como um "grande passo", se comparado à realidade de 10 anos atrás.

Maia afirmou que a antiga legislação trabalhista é o grande exemplo do "excesso de proteção" previsto pela legislação brasileira.

"Eram leis que, em tese, protegiam, protegiam, protegiam e deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados e mais milhões e milhões de empregos precários. Essa é a realidade da antiga lei trabalhista, que algum avanço conseguimos fazer na Câmara dos Deputados no ano de 2017", declarou.

Ele ressaltou que a Justiça do Trabalho consome 44% do total do gasto da Justiça Federal, custando R$ 8 bilhões a mais. "Talvez, no futuro, a gente não tenha mais 2,3 milhões de novas ações por ano. Talvez a gente não precise mais de 5 mil juízes na Justiça do Trabalho e talvez esses R$ 8 bilhões possam ser investidos na sociedade brasileira, em educação, saúde", disse.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaLeis trabalhistasReforma trabalhistaRodrigo Maia

Mais de Brasil

Felca será ouvido pelo Senado sobre adultização de menores em plataformas digitais

Michel Misse, sociólogo renomado da UFRJ, morre aos 74 anos após batalha contra câncer

Hugo Motta descarta aprovação de anistia para envolvidos no 8 de janeiro: 'não há clima'

Projeto de reforma administrativa inclui limite de secretarias e concurso nacional unificado