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Maia se reúne com líderes para debater nome para Presidência da Câmara

Baleia Rossi (MDB-SP) é o candidato preferido neste momento, embora senadores tentem convencê-lo a desistir

 (Michel Jesus/Agência Câmara)

(Michel Jesus/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 09h25.

Os líderes partidários do bloco liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), devem se reunir nesta segunda-feira na residência oficial do presidente para um almoço. No cardápio, o intuito de avançar na escolha de um nome para suceder Maia na disputa pela presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

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O bloco conta com onze partidos: DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, Rede e PCdoB. São 268 deputados. Nem todos irão votar necessariamente no candidato do bloco, já que o voto é secreto e deputados podem "trair" seus partidos. A costura, porém, é importante, porque determina quem terá espaço na Mesa Diretora.

O candidato favorito nesse momento é Baleia Rossi (SP), presidente do MDB e líder do partido na Câmara. Senadores do MDB, porém, tentam convencer Baleia a desistir. Eles querem emplacar uma candidatura do MDB apoiada pelo DEM no Senado, aliança que seria mais viável, na visão desses parlamentares, caso o MDB não esteja disputando também a presidência da Câmara dos Deputados.

Já Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é o nome mais próximo de Rodrigo Maia e preferido pelo PT, mas tem a desvantagem de ser do mesmo partido de Arthur Lira (PP-AL), candidato rival do grupo do atual presidente da Câmara. Outros possíveis candidatos, como Luciano Bivar (PSL-PE) e Elmar Nascimento (DEM-BA), já ficaram para trás como opções.

O bloco ainda tenta atrair outros partidos, como o Novo, o PSOL e o Podemos. Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, que conta com 10 deputados, tem conversado com Arthur Lira. Há, porém, resistência interna, já que Lira é réu em ações decorrentes da Operação Lava Jato e o partido tem a defesa do combate à corrupção como uma de suas bandeiras. A bancada do Podemos no Senado, mais independente do governo e ligada à defesa da Lava Jato, tenta impedir o apoio a Arthur Lira.

Já o Novo e o PSOL, com 8 e 10 deputados respectivamente, discutem lançar candidaturas próprias. Ambos são cortejados por Maia. A bancada do Novo se reúne na manhã desta segunda-feira para discutir.

— Estamos ainda avaliando o que fazer, tendo em vista que são duas candidaturas bastante polarizadas. Acabou ficando uma candidatura do governo e outra antigoverno — diz Vinicius Poit (SP), que será líder do Novo no ano que vem. — Não descartamos uma terceira via, uma candidatura própria.

Arthur Lira se lançou candidato com o PL, PP (seu próprio partido), PSD, Solidariedade e Avante. Depois, ganhou também o apoio do Republicanos. Ao todo, são 166 deputados. Embora numericamente seu bloco seja menor, ele tem aliados no PSL, PSDB, PSB e outros partidos que podem "trair" Maia e votar nele.

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