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Maia parabeniza Janot por abertura de investigação sobre delação

Dependendo dos fatos, a investigação da delação da JBS poderá levar à revisão dos benefícios concedidos aos irmãos Joesley e Wesley Batista

Rodrigo Maia: "O dr. Rodrigo Janot agiu corretamente e tomou a decisão correta" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: "O dr. Rodrigo Janot agiu corretamente e tomou a decisão correta" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 19h00.

O presidente em exercício, Rodrigo Maia, voltou a elogiar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por ter decidido abrir investigação para apurar práticas de crimes no acordo de delação premiada dos executivos do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS.

Dependendo dos fatos, a investigação poderá levar à revisão dos benefícios concedidos aos irmãos Joesley e Wesley Batista.

"O dr. Rodrigo Janot agiu corretamente e tomou a decisão correta de rapidamente comunicar ao Supremo (Tribunal Federal) e pedir investigação no curto prazo", disse Maia, ao "dar os parabéns" ao procurador, em entrevista no Planalto, após assinatura do acordo da dívida entre o governo federal e o Estado do Rio. 

"Eu tenho certeza que ele (Janot) será duro, como tem sido duro com aqueles em que ele encontre indícios em delações, em investigações", comentou Maia, ao insistir que o procurador "fez muito bem" em abrir investigação. 

Maia evitou fazer relação entre a decisão de Janot e a possibilidade deste fato fortalecer politicamente o presidente Michel Temer, no governo e no Congresso, influenciando, inclusive a aprovação de medidas polêmicas, como a reforma da Previdência.

"Não sei, não sei. O episódio de ontem começou e ainda vai ter alguns dias para gente entender melhor o que aconteceu", comentou. 

Maia lembrou que os cenários "mudam rápido", inclusive para a reforma da Previdência.

"Ontem à noite você tinha um cenário em relação à denúncia do presidente Michel Temer, só tratávamos disso. Agora tem outra agenda. A vida é assim. A reforma da Previdência no meio de maio estava aprovada, hoje não tem votos para ser aprovada. Nosso trabalho é de convencimento mais uma vez, como fizemos na PEC do teto", justificou o presidente em exercício.

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