Maia: além disso, ele disse que a população só vai entrar no debate das eleições em setembro (Cristiano Mariz/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de maio de 2018 às 11h47.
Niterói - O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato do DEM à Presidência, Rodrigo Maia, disse nesta terça-feira, 8, após falar a uma plateia de prefeitos na 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que o governo busca uma candidatura que olhe para o passado, o que não vai acontecer.
Segundo ele, a polarização que marcou a política brasileira nos últimos anos deixou mais passivos do que ativos e não interessa à população nesse momento. É preciso observar os candidatos que têm capacidade de diálogo.
"A sociedade quer solução para melhoria da qualidade de vida. Não quer ficar olhando o passado", afirmou, e comentou o papel de seu partido nos anos recentes. "O DEM participou do impeachment (que tirou a presidente petista Dilma Rousseff do poder), mas não liderou".
Questionado sobre as razões de manter sua pré-candidatura ainda que as pesquisas recentes não mostrem nenhuma alteração no quadro e ele mantenha apenas 1% das intenções de voto, Maia voltou a dizer que, até agora, houve pouca mudança nas pesquisas.
Para ele, a população só entrará no debate em setembro. Por enquanto, o importante é observar os candidatos que estão conseguindo construir alianças para ter palanque e tempo de TV.
"Não vejo por que a ansiedade para resolver hoje uma eleição que tem convenções até agosto. Temos que ver os políticos que têm capacidade de dialogar. O centro, do ponto de vista ideológico, não é nada. Centro é onde estão aqueles que têm capacidade de diálogo", completou, citando o senador Álvaro Dias (PODE) e o deputado Aldo Rebelo (SD), como representantes desse centro.