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Maia e Doria dizem que PSDB e DEM estarão juntos em 2020 e 2022

Partido é parceiro de longa data do PSDB, mas em 2018 se aproximou da campanha de Jair Bolsonaro, do PSL

João Dória e Rodrigo Maia: governador foi à Brasília dar boas vindas ao deputado Alexandre Frota no PSDB (Fabio Rodrigues Pozzebom//Agência Brasil)

João Dória e Rodrigo Maia: governador foi à Brasília dar boas vindas ao deputado Alexandre Frota no PSDB (Fabio Rodrigues Pozzebom//Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de agosto de 2019 às 17h13.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 17h44.

Brasília — O PSDB e o DEM devem se apoiar mutuamente tanto nas eleições municipais de 2020, como nas gerais de 2022, repetindo a parceria histórica.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou nesta terça-feira, 20, da apresentação do deputado Alexandre Frota à bancada do PSDB, com o governador de São Paulo, o tucano João Doria, e juntos deram o mesmo recado ao fim da reunião.

Ambas as legendas abriram as portas para Frota que foi expulso do PSL na semana passada, mas ele acabou indo para o PSDB. "O PSDB e o DEM estarão juntos em 2020 e em 2022", afirmou o Maia, depois da apresentação de Frota. "Estamos cada vez mais próximos e mais fortes. E não tenha dúvida, o fim das coligações vai nos levar a necessidade de uma reorganização partidária onde o Brasil voltará a ter três, quatro, cinco partidos fortes e um desses será certamente uma forte possibilidade de termos o DEM e o PSDB como a mesma força e o mesmo partido de representação", afirmou.

A afirmação de Maia foi reforçada por Doria na sequência que disse que a parceria será também base para apoiar a reeleição de Bruno Covas à prefeitura de São Paulo no próximo ano. "Nossa posição é muito clara em relação às eleições municipais na capital de São Paulo onde estaremos unidos em torno de Bruno Covas", disse o governador paulista.

"Vamos conciliar para agregar mais valor e ampliar nossa aliança, somar aquilo que acabou de mencionar Maia, o DEM e o PSDB estarão juntos. Posso assegurar nesta decisão em relação à capital e juntos venceremos as eleições e teremos a reeleição de Bruno Covas prefeito de São Paulo", disse Doria.

Frota

Sobre Alexandre Frota, Doria elogiou e deu boas vindas ao deputado. O presidente do partido, Bruno Araújo, afirmou que o papel desempenhado por ele na vida pública foi uma surpresa.

"Todos se surpreenderam com a postura de Frota desde que assumiu mandato", disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP). Maia também teceu elogios ao parlamentar e disse que ele irá "engrandecer bancada do PSDB" com protagonismo em todas as agendas de reforma.

Aécio

Em relação à situação do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o governador João Doria disse que o ex-candidato à Presidência da República tem todo direito de fazer sua ampla defesa, fora do partido. Depois do diretório municipal do PSDB, ontem foi a vez do diretório estadual tucano formalizar um pedido de expulsão de Aécio do partido.

Os pedidos serão levados ao Conselho de Ética da sigla. O diretório municipal de São Bernardo do Campo, sob a influência do grupo político do prefeito Orlando Morando, também formulou um pedido de expulsão do mineiro. "Como governador de São Paulo, a meu ver o deputado Aécio Neves tem todo o direito a formular sua defesa na plenitude, confiante na sua inocência e também na Justiça, mas pode fazê-lo fora do PSDB", disse Doria.

Há o temor de que a permanência de Aécio no partido atrapalhe os planos eleitorais de Doria, para a Presidência em 2022, e de Bruno Covas, prefeito de São Paulo, que disputará a recondução ao cargo nas eleições do ano que vem.

O presidente do partido, Bruno Araújo, disse que a análise dos pedidos de expulsão começa oficialmente amanhã. "Cabe a mim como presidente do partido presidir um processo com absoluta imparcialidade", disse. "Amanhã o partido vai analisar em sua executiva a admissibilidade do processo, se vai seguir ou não para comissão de ética", afirmou.

Além dos pedidos que vieram de São Paulo, Araújo disse que também recebeu uma representação do Rio Grande do Sul.

Antes de deixar à Câmara dos Deputados em Brasília, Doria afirmou que é contra a volta do da CPMF.

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