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Maia diz que é cobrado pela mãe para ser leal ao presidente

"Sou cobrado todo dia pela minha mãe. Ela me mandou uma mensagem de texto e eu até assustei: 'Você não vai conspirar, né?'", disse o deputado

Maia: é o primeiro na linha sucessória da presidência (Adriano Machado/Reuters)

Maia: é o primeiro na linha sucessória da presidência (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2017 às 08h53.

Última atualização em 18 de julho de 2017 às 09h37.

Rio - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou sua lealdade ao presidente Michel Temer e revelou que é cobrado pela mãe para não conspirar contra o peemedebista. Em entrevista ao programa Roberto D'Avila, da Globonews, ele disse que foi procurado por parlamentares e empresários para debater um eventual papel de presidente da República, mas afirmou que respondeu que não é essa sua função.

"Digo (a quem me procura) que meu papel é presidir a Câmara e de minha parte não haverá nenhum movimento que prejudique o presidente. O árbitro nem votar vota, ele preside a sessão. Eu não posso me movimentar nem numa posição nem noutra. Dentro de casa sou cobrado para ser leal, como aprendi com meu pai e minha mãe", afirmou Maia no programa veiculado na noite desta segunda-feira, 17.

Maia é o primeiro na linha sucessória e assumirá o cargo de Temer provisoriamente por 180 dias se a Câmara admitir o processo contra o peemedebista e o STF aceitar a denúncia. A votação está prevista para 2 de agosto e são necessários 342 votos para que o processo prossiga.

"Sou cobrado todo dia pela minha mãe. Ela me mandou uma mensagem de texto e eu até assustei: 'Você não vai conspirar, né?' (Respondi:) 'Você me ensinou que eu tenho de ser leal e assim eu sou'. Mostrei (a mensagem da mãe) para o presidente (Temer)", afirmou Maia. A mãe do deputado é a chilena Mariangeles Ibarra Maia e seu pai é o ex-prefeito e vereador no Rio César Maia (DEM).

Sobre o resultado da votação para autorizar ou não a abertura do processo contra Temer, Maia disse que "os deputados é que vão julgar". "Meu papel como presidente da Câmara é não ter posição sobre esse assunto. Além de presidir a sessão que vai decidir pela abertura ou não da denúncia, no momento seguinte ainda tenho vários (pedidos de) processos de impeachment para ser decididos."

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