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Maia critica prefeitos que pedem eleições em outubro e defende adiamento

Para Maia, manter data das eleições poderia ajudar quem busca reeleição devido à dificuldade de outros candidatos fazerem campanha em meio à pandemia

Rodrigo Maia: "Eu defendo o adiamento. Acredito que ele será necessário não pela data das eleições, mas como poderíamos organizar as eleições em agosto e setembro, sendo que pelas projeções ainda teremos um número alto de contaminados pelo vírus?" (Adriano Machado/Reuters)

Rodrigo Maia: "Eu defendo o adiamento. Acredito que ele será necessário não pela data das eleições, mas como poderíamos organizar as eleições em agosto e setembro, sendo que pelas projeções ainda teremos um número alto de contaminados pelo vírus?" (Adriano Machado/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 3 de junho de 2020 às 16h31.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 16h47.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a defender nesta quarta-feira que as eleições deste ano sejam adiadas em entrevista coletiva para a imprensa. Com o primeiro turno marcado para 4 de outubro, a data da votação está em xeque devido à extensão da pandemia do novo coronavírus. Em maio, Maia já havia defendido o adiamento.

Para presidente da Câmara, mais do que a data das eleições, o adiamento é importante devido à campanha.

"Eu defendo o adiamento. Acredito que ele será necessário não pela data das eleições, mas como poderíamos organizar as eleições em agosto e setembro, sendo que pelas projeções ainda teremos um número alto de contaminados pelo vírus? A  gente sabe que terá pressão de muitos prefeitos que podem ser candidatos a reeleição. Eles começam a pressionar pela reeleição em outubro."

Em crítica aos prefeitos que defendem as eleições em outubro, o presidente da Câmara disse que eles "não querem uma eleição democrática". Para Maia, manter data das eleições poderia ajudar quem busca reeleição devido à dificuldade de outros candidatos fazerem campanha em meio à pandemia.

"Eu não sei como alguém que não está no cargo conseguiria fazer campanha em agosto e setembro nessa situação. Como vai chegar até a sociedade? Apenas pelas redes sociais. Alguns chegam e outros não."

O presidente também afirmou que a primeira reunião sobre o adiamento acontecerá nos próximos dias, com o presidente do TSE Luís Roberto Barroso e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

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