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Magistrado custou, em média, R$ 47,7 mil por mês em 2016, diz CNJ

O número engloba não apenas a remuneração dos magistrados, mas também encargos sociais e despesas com passagens aéreas e diárias, entre outras

Justiça: os dados divulgados nesta segunda-feira são de 2016 e dizem respeito a 90 tribunais (moodboard/Thinkstock)

Justiça: os dados divulgados nesta segunda-feira são de 2016 e dizem respeito a 90 tribunais (moodboard/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 16h02.

Brasília - O custo médio mensal de um magistrado foi de R$ 47,7 mil ao longo do ano passado, aponta o levantamento "Justiça em Números", divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O número engloba não apenas a remuneração dos magistrados, mas também encargos sociais e despesas com passagens aéreas e diárias, entre outras.

No levantamento anterior, a média mensal de um magistrado brasileiro - categoria que inclui juízes, desembargadores e ministros - tinha sido de aproximadamente R$ 46,2 mil.

Os dados divulgados nesta segunda-feira são de 2016 e dizem respeito a 90 tribunais: quatro tribunais superiores, cinco tribunais regionais federais, 24 tribunais regionais do trabalho, 27 tribunais regionais eleitorais, 27 tribunais de Justiça e 3 tribunais de Justiça Militar estaduais. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não foram incluídos nesse levantamento.

Variação

O custo mensal por magistrado depende do tribunal, variando de R$ 8.782 (nos tribunais regionais eleitorais) a R$ 53.784 mil (na Justiça Militar).

Nos Tribunais de Justiça dos Estados, a média mensal por magistrado foi de R$ 49.093. O TJ do Piauí teve a menor média entre os TJs, de R$ 23.387, enquanto o do Mato Grosso do Sul apresentou a maior, de R$ 95.895, aponta o levantamento divulgado pelo CNJ.

Nos tribunais superiores, a média mensal por magistrado foi de R$ 41.502.

As despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 84,8 bilhões no ano passado, o que significa um aumento de 0,4% em relação a 2015.

Encontro

Durante a abertura do XI Encontro Nacional do Poder Judiciário na tarde desta segunda-feira, em Brasília, a presidente do CNJ e do STF, ministra Cármen Lúcia, defendeu a divulgação de dados dos tribunais com transparência.

"O Poder Judiciário quer se mostrar para se aperfeiçoar e com isso contamos com a colaboração da sociedade, das academias, dos órgãos. Sabemos que há números que podem ser questionados e serão", discursou Cármen.

"É o próprio Poder Judiciário que tem tido o cuidado de se mostrar. O Poder Judiciário não mantém nenhum interesse nem pode se mostrar de qualquer forma encoberto pelo quer que seja, e não é assim que tem se comportado", completou.

Cármen destacou que é do interesse do Judiciário apresentar a melhor jurisdição para todos os brasileiros.

"Queremos ser um Poder Judiciário muito melhor para o Brasil. Quando alguém desacredita na Justiça, desacredita no Estado", afirmou a ministra.

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