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Maggi diz que "já sabia" que outros casos viriam após Carne Fraca

Após Polícia Federal deflagrar a operação em março, outros casos de suspeitas de corrupção envolvendo servidores vieram à tona

Blairo Maggi: "Já sabíamos que outros casos viriam à tona. Após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Blairo Maggi: "Já sabíamos que outros casos viriam à tona. Após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2017 às 17h35.

Ribeirão Preto - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta terça-feira, 16, por meio do Twitter e de redes sociais, que "já sabia" que outros casos de suspeitas de corrupção envolvendo servidores viriam à tona após a Operação Carne Fraca e que, por isso, aumentou o rigor nas apurações internas na Pasta que comanda.

Foi a primeira declaração do ministro sobre a Operação Lucas, deflagrada nesta terça pela Polícia Federal (PF) para desmantelar esquema de pagamento de vantagens indevidas a de sete frigoríficos e laticínios à ex-superintendente substituta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Tocantins, Adriana Carla Floresta Feitosa.

"A Operação Lucas desarticulou um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura. Os envolvidos serão afastados imediatamente das funções e serão alvo de auditoria que poderá terminar com a exoneração", disse.

"Já sabíamos que outros casos viriam à tona. Após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas", completou Maggi, que está em missão oficial na Arábia Saudita.

A PF deflagrou ainda a Operação Fugu, que investigou a fraude na importação e processamento de pescado em Santa Catarina, também com o envolvimento de fiscais do Ministério, mas Maggi não fez comentários sobre essa ação.

O ministro comentou ainda que mesmo estando fora do país, "tomou pé" da Operação Lucas e ainda acompanhou a repercussão pela imprensa. Maggi ratificou ainda que o ministro interino e secretário executivo Eumar Novacki está no Brasil e que toma todas as providências sobre o caso.

Pela manhã, em entrevista ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), Novacki adiantou que os servidores envolvidos nas operações da PF em Tocantins e em Santa Catarina serão afastados imediatamente das funções e alvo de auditoria que poderá terminar com a exoneração dos cargos públicos.

Ainda segundo ele, as investigações ocorrem também de denúncias feitas a partir de apurações internas dentro da Pasta e as já recorrentes feitas pela PF após a Operação Carne Fraca, deflagrada em março.

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