Juliana Jovino: corpo de Juliana passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba (Juliana Jovino/Facebook/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 13h00.
Sorocaba - Depois de encontrar uma menina de dois anos abandonada numa rua, na zona leste de Sorocaba, na manhã deste Natal, 25, a polícia achou o corpo da mãe dela, de 24 anos, dez horas depois, boiando na Represa de Itupararanga, em Votorantim (SP), a mais de 20 quilômetros do local.
A mulher, Juliana Jovino, usava apenas roupas íntimas, mas o corpo não tinha sinais de agressão. O caso, ainda envolvido em mistério, está sendo investigado pela Polícia Civil.
A criança foi achada por um morador, por volta das 9 horas, abraçada a uma árvore, na rua Celina Stela Corradi, no Jardim Novo Eldorado, à margem da rodovia Raposo Tavares.
Ela usava apenas fralda e foi levada para a casa da família do morador, que acionou a polícia, depois de alimentar e vestir a menina.
A criança não soube dizer o nome, mas mencionou "mamãe", "vovó" e fez referência ao "tio" que a teria levado de carro. O Conselho Tutelar de Sorocaba encaminhou a menina a uma casa assistencial.
Antes de ser levada, a criança ganhou roupas e presentes de pessoas do bairro. A presidente da Associação de Moradores, Silvia Macedo, chegou a publicar um apelo em rede social em busca de familiares.
Duas tias da menina viram a foto dela na internet e procuraram o Conselho Tutelar.
Elas disseram que a mãe tinha saído de casa com a garota para passar o Natal na casa de uma amiga. Posteriormente, elas tiveram a informação de que Juliana e a filha foram vistas saindo da festa natalina com um namorado da jovem.
A Polícia Civil de Votorantim, que investiga o caso, suspeita que eles foram à represa, onde a mulher teria sido morta por ele, ou se afogou acidentalmente. Em seguida, ele abandonou a criança. O homem já foi identificado e está sendo procurado.
A investigação também busca imagens de câmeras de monitoramento instaladas no acesso ao bairro onde a criança foi deixada.
O corpo de Juliana passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba, mas o laudo ainda não foi enviado à polícia.