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Mãe de Bernardo teria sacado R$ 55 mil na véspera da morte

O advogado da família diz que encontrou uma atividade suspeita em uma das contas bancárias da mãe do menino


	Desde o desfecho da investigação sobre a morte de Bernardo, a família tenta reabrir o inquérito sobre a morte da mãe do menino
 (Álbum de família/ VEJA)

Desde o desfecho da investigação sobre a morte de Bernardo, a família tenta reabrir o inquérito sobre a morte da mãe do menino (Álbum de família/ VEJA)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 18h09.

Porto Alegre - A família de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril de 2014, levantou um novo indício para tentar reabrir o inquérito que investigou o suposto suicídio da mulher.

Saques de R$ 55 mil foram feitos em uma de suas contas na véspera do crime. Odilaine foi encontrada morta com um tiro na cabeça no consultório do então marido, Leandro Boldrini, em 2010.

Desde o desfecho da investigação sobre a morte de Bernardo - que indiciou Boldrini, sua atual mulher, Graciele Ugulini, a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz - por envolvimento no assassinato do menino, a família de Odilaine tenta reabrir a investigação sobre a morte.

Supostas incoerências na investigação policial e a suspeita de falsificação em uma carta de despedida foram apresentadas à Justiça pelo advogado da família, Marlon Taborda, como indícios de que Odilaine não se suicidou, mas foi assassinada.

Agora, o advogado diz que encontrou uma atividade suspeita em uma das contas bancárias da mãe de Bernardo. Ao analisar um extrato do Banco do Brasil, a família verificou que no dia 8 de fevereiro de 2010 foram retirados R$ 55 mil em três saques de R$ 15 mil e um de R$ 10 mil. Os saques foram feitos na agência de Três Passos, cidade onde a família morava.

"Esta descoberta é uma nova prova, porque é um fato acontecido na época e que até hoje não era sabido. Juridicamente se enquadra na previsão legal para reabrir uma investigação. Ele acaba com o argumento da autoridade policial da época, de que não havia prova (de que Odilaine pudesse ter sido assassinada)", explica Taborda.

O advogado informou que o extrato já foi encaminhado à autoridade policial. "Por que ela faria quatro saques? É um elemento substancial para a reabertura da investigação. Não sabemos quem fez os saques. Consideramos estranho eles terem sido realizados dois dias antes da morte", diz o advogado.

Segundo ele, pedidos de extratos também foram feitos a outros bancos em que Odilaine era correntista, mas ainda não houve retorno. A reportagem tentou sem sucesso contatar a Polícia Civil de Três Passos para comentar o pedido de reabertura.

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