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Lupi diz que acha difícil PDT deixar de apoiar Dilma

Presidente do partido considerou difícil a sigla não apoiar a reeleição, apesar de alguns candidatos aos governos estaduais admitirem a hipótese


	Carlos Lupi: "partido decide em escala nacional e todas as seccionais regionais, após a aprovação da maioria, têm de seguir a decisão", afirmou
 (Wilson Dias/ABr)

Carlos Lupi: "partido decide em escala nacional e todas as seccionais regionais, após a aprovação da maioria, têm de seguir a decisão", afirmou (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 18h08.

Porto Alegre - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, considerou "muito difícil" a sigla deixar de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff neste ano, apesar de alguns candidatos aos governos estaduais admitirem a hipótese. "O partido decide em escala nacional e todas as seccionais regionais, após a aprovação da maioria, têm de seguir a decisão", afirmou, ao final da cerimônia de inauguração de uma estátua de Leonel Brizola, nesta quarta-feira, 22, em Porto Alegre. Também previu que as definições vão ficar para o final dos prazos estabelecidos pela legislação eleitoral em um ano em que o carnaval será em março e o País sediará a Copa do Mundo em junho e julho.

Questionado sobre a perspectiva de o partido dar palanque ao tucano Aécio Neves, já que há conversações com o PSDB no Rio Grande do Sul, Lupi foi taxativo. "Não vejo possibilidade", respondeu. O dirigente trabalhista admitiu, no entanto, que a chapa ao governo estadual possa ser composta por nomes que tenham diferentes candidatos ao governo federal. O PDT já escolheu o deputado federal Vieira da Cunha e o jornalista Lasier Martins como candidatos ao Palácio Piratini e ao Senado, respectivamente, e oferece a vaga de vice-governador aos aliados. O PSDB procura palanque para Aécio e não tem candidato ao governo do Rio Grande do Sul.

Vieira da Cunha prefere deixar todas as possibilidades abertas, mas não fala em embarcar em alguma candidatura presidencial. "Estamos conversando com todos e são bem-vindos todos os que se comprometerem com as linhas de governo que vamos adotar", despista. "O que tratamos aqui é da campanha estadual, enquanto a decisão nacional pertence a outra esfera, que á nacional". O pré-candidato afirma que, se dependesse dos pedetistas gaúchos, o partido teria candidato próprio à sucessão presidencial.

Estátua

A estátua de Brizola foi inaugurada no dia em que o homenageado faria 92 anos se estivesse vivo. A peça, feita em bronze pelo artista Otto Dumovich, tem dois metros de altura, mostra o político gesticulando, como fazia em seus discursos, e foi instalada na rua Dom Sebastião, entre o Palácio Piratini e a catedral metropolitana.

Nascido em Carazinho (RS), Brizola foi prefeito de Porto Alegre (1956-1958), governador do Rio Grande do Sul (1959-1963), deputado federal eleito pela Guanabara em 1963 e governador do Rio de Janeiro por duas vezes (1983-1987 e 1991-1994). Morreu em junho de 2004, no Rio de Janeiro, de enfarte. Os discursos exaltaram as gestões voltadas para a educação de Brizola e sobretudo sua postura na Campanha da Legalidade, que garantiu a posse de João Goulart na presidência da República depois da renúncia de Jânio Quadros, em 1961. "Naquele ano, ele liderou a resistência e, quando o Palácio Piratini estava sob ameaça de bombardeio, afirmou que é melhor a morte do que a vida sem honra", destacou o deputado federal Vieira da Cunha (PDT). "O poeta Mario Quintana não quis ser homenageado por uma estátua por entender que 'um erro em bronze é um erro eterno', mas aqui podemos dizer que há um acerto em bronze, que é um acerto eterno", elogiou o governador Tarso Genro (PT).

"O Brasil perdeu muito por ele (Brizola) não ter sido presidente da República", afirmou o prefeito em exercício de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB). "É difícil encontrar na história do Brasil um momento mais grandioso que o da Legalidade", sustentou o senador Pedro Simon (PMDB).

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