Brasil

Lula visita o Rio Grande do Sul nesta quinta para iniciar reconstrução do estado

O governador Eduardo Leite diz que, para evitar as demissões, o governo federal deveria poderia parte dos salários dos gaúchos

O governador Eduardo Leite diz que, para evitar as demissões em massa, o governo poderia pagar parte dos salários dos gaúchos (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

O governador Eduardo Leite diz que, para evitar as demissões em massa, o governo poderia pagar parte dos salários dos gaúchos (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Publicado em 6 de junho de 2024 às 07h23.

Tudo sobreEnchentes no RS
Saiba mais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna, nesta quinta-feira, 6, ao Rio Grande do Sul. É a quarta vez do petista no estado desde que a catástrofe climática começou. Na nova visita, Lula acompanha os trabalhos de recuperação em uma das regiões mais atingidas pelas enchentes, o Vale do Taquari. Ele estará acompanhado de prefeitos e outras autoridades locais.

De acordo com a agenda do presidente, às 11h ele vai visitar o bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul. Por lá, 650 moradias foram destruídas. Na sequência, ele vai a Arroio do Meio para visitar a cozinha solidária do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

Preocupação com o emprego no Rio Grande do Sul

Na quarta, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, teve uma conversa com Lula em Brasília. "O presidente vai amanhã ao estado, e já sinalizei a ele os dois pontos mais críticos e urgentes: a manutenção de empregos e renda e a reposição das perdas das receitas, tanto para o estado quanto para os municípios", afirmou Leite.

O governador explica que, chegado o momento em que as empresas têm obrigações com o pagamento de folhas, caso não houver um horizonte, o medo é de uma demissão em massa no estado. A maneira de evitar isso, segundo o governador, é ter um programa semelhante ao da pandemia, quando o poder público fez o pagamento de parte dos salários para evitar demissões.

"No caso de empresas que não são individuais, dos cerca de 500 mil CNPJs do estado, 35 mil estão em locais afetados pelas enchentes. Além disso, outras atividades econômicas podem ser impactadas indiretamente", afirma Leite. As medidas de subsídio de crédito são muito importantes, mas as empresas ainda têm que recuperar tudo o que foi já foi perdido, estando sem receita neste período.

Reconstrução do Rio Grande do Sul

Recentemente, Lula anunciou a suspensão do pagamento da dívida do estado. O projeto prevê, ainda, a possibilidade de suspender os juros, evitando que o governo estadual retome os pagamentos devendo ainda mais à União. As medida vale por três anos.

À época, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o perdão sobre os juros da dívida do estado do Rio Grande do Sul com a União se aplica sobre todo o estoque, que é de cerca de R$ 100 bilhões, o que gera uma renúncia de R$ 4 bilhões por ano. Como a suspensão do pagamento da dívida vai durar por três anos, o perdão vai somar R$ 12 bilhões.

Segundo Eduardo Leite, o valor que não for pago à União deverá ir para um fundo para as ações de reconstrução do Rio Grande do Sul. "De um lado, o que deixo de pagar está sendo colocado em uma conta a parte. Mas, para a manutenção das despesas ordinárias do estado, estamos vendo nossa receita despencar", afirmou o governador. Isso não estaria sendo o suficiente para compensar a perda de arrecadação.

Acompanhe tudo sobre:Enchentes no RSLuiz Inácio Lula da SilvaEduardo Leite

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe