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Vai chegar o dia em que vão pedir desculpas ao PT, diz Lula

O ex-presidente também rebateu as acusações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff

O ex-presidente defendeu que a sigla necessita “radicalizar” politicamente e falar “para fora de casa” (Agência PT/Divulgação)

O ex-presidente defendeu que a sigla necessita “radicalizar” politicamente e falar “para fora de casa” (Agência PT/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de junho de 2017 às 06h46.

Última atualização em 2 de junho de 2017 às 06h48.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu na noite desta quinta-feira, 1, às acusações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Ao citar informações delatadas pelo empresário, de que a empresa teria criado uma conta bancária para abastecer as campanhas petistas à Presidência, Lula chamou Batista de “canalha” e ironizou a denúncia.

“Não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal”, disse Lula, sem se referir diretamente às acusações na Justiça.

“Eu provei minha inocência e vou exigir que eles provem minha culpa. Vai chegar o dia em que estaremos assistindo TV e vão pedir desculpas ao PT por tudo. Um canalha de um empresário disse que fez uma conta para mim e outra para Dilma, mas a conta está no nome dele e é ele quem mexia na conta”, disse o petista, que arrancou gargalhadas dos filiados durante o 6º Congresso Nacional do partido, realizado em Brasília.

O ex-presidente defendeu que a sigla necessita “radicalizar” politicamente e falar “para fora de casa”, para mulheres, negros quilombolas e indígenas.

“Eles estão destruindo tudo que conquistamos, eles querem a volta do trabalho escravo no nosso País. O PT tem que radicalizar em defesa da liberdade”, disse.

Ao falar sobre a necessidade do PT de tocar os “corações” de milhões de brasileiros, Lula citou como exemplo os protestos de junho de 2013.

O ex-presidente admitiu que ele e o partido não entenderam, até agora, as manifestações que tomaram conta do País há quatro anos. “Tentamos achar a resposta mais fácil”, disse, ao citar políticas de incentivo ao consumo para as classes mais baixas.

O petista aproveito para cutucar o rival Aécio Neves, senador do PSDB afastado das funções por denúncias de corrupção. “Aécio plantou vento e colheu tempestade.”

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