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Exclusivo: Lula usa agenda econômica e social para popularidade ultrapassar 50% ainda neste ano

Presidente busca melhor avaliação para conseguir influenciar politicamente as eleições municipais de 2024

Lula, em evento no Ceará: presidente quer usar agenda econômica e social para ampliar a popularidade com empresários e classe média (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Lula, em evento no Ceará: presidente quer usar agenda econômica e social para ampliar a popularidade com empresários e classe média (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 4 de agosto de 2023 às 14h38.

Última atualização em 4 de agosto de 2023 às 15h46.

A melhoria dos indicadores econômicos, a aprovação da reforma tributária na Câmara, o embarque do Centrão no governo e o relançamento dos programas sociais e do Programa de Aceleração do Aceleração do Crescimento (PAC) se tornaram cartas na manga do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para alavancar sua popularidade. Lula sabe que quanto melhor for avaliado nas pesquisas de opinião maior será a adesão ao governo pela classe médica, empresários e políticos. O objetivo, segundo a EXAME apurou, é ultrapassar os 50% de avaliação bom ou ótimo até o final do ano.

A pesquisa mais recente, feita pela consultoria Futura Inteligência em meados de julho e divulgada na última sexta-feira, 28, mostrou que 43% dos brasileiros consideravam o governo Lula bom ou ótimo -- um crescimento de 4,4 p.p. na comparação com levantamento da Futura de março.

Por isso, a ordem é acelerar as entregas. Em evento que reunirá empresários, políticos e movimentos sociais, Lula relançará o PAC na próxima sexta-feira, 11, em cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em declarações recentes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a União aportará R$ 60 bilhões por ano no novo PAC, o que somará R$ 240 bilhões ao longo de todo o governo. Com a medida, Lula quer trazer o apoio do empresariado para o seu governo.

Em outra frente, visando a classe média, Lula lançou um programa para a compra de carros novos, fez o Desenrola para a renegociação de dívidas e para limpar o nome dos negativados, aumentou para R$ 8.000 o limite de renda para a compra de imóveis por meio do Minha Casa Minha Vida e quer recriar um programa para incentivar a compra de fogões e geladeiras.

Lula mexe no tabuleiro político

Na esfera política, Lula já incorporou o deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no Ministério do Turismo. Nos próximos dias, promoverá uma reforma ministerial para acomodar na Esplanada outros partidos do Centrão.

Com a eleição municipal de 2024 se aproximando, o presidente da República vai fazendo seus movimentos no tabuleiro político. E a popularidade é o primeiro -- e talvez mais importante -- movimento.

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