WASHINGTON, DC - FEBRUARY 10: Brazil President Luiz Inácio Lula da Silva speaks to the press before a bilateral meeting with U.S. President Joe Biden in the Oval Office of the White House on February 10, 2023 in Washington, DC. President Lula da Silva is visiting the United States for the first time since being elected as Brazil’s president. (Photo by Anna Moneymaker/Getty Images) (Anna Moneymaker//Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 2 de março de 2023 às 19h20.
Última atualização em 2 de março de 2023 às 19h25.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "loucura" os valores distribuídos em dividendos para acionistas da Petrobras e defendeu que a empresa parte do lucro obtido para fazer investimentos.
"É uma loucura o que nós estamos fazendo de dividendos. Petrobras não é um patrimônio apenas das pessoas que são acionistas. A Petrobras tem que fazer investimento. Temos que pensar em Petrobras como empresa, mas também como indústria de papel estratégico para o Brasil", disse o presidente em entrevista à Rádio BandNews FM gravada nesta quinta, 2.
A crítica de Lula vem após a Petrobras divulgar, na noite de ontem, que teve lucro de R$ 188,3 bilhões no ano passado, o maior da história. Com o resultado, a empresa pode pagar R$ 215 7 bilhões em dividendos para acionistas, o que é alvo de contrariedade por parte do petista.
"Poderia dar metade em dividendo e metade em investimento. O pessoal que tomou conta da Petrobras resolveu fazer graça com os acionistas minoritários. A Petrobras não é empresa só para ganhar dinheiro e dar para acionista, é para pensar na soberania energética do País", criticou.
Lula ainda negou que pretenda fazer intervenção na estatal, ao criticar o atual modelo de negócios da empresa. "Não tem intervenção. Tem interesse do povo brasileiro. Eu defendo o Estado brasileiro forte. Não defendo estado interferindo na economia, mas eu quero um estado indutor da economia."
O presidente atacou também a privatização da Eletrobras. "Primeira coisa que o diretor faz é aumentar seus salários e um conselheiro ganhar R$ 200 mil para participar de uma reunião por mês. E essa a moralidade pública da privatização da Eletrobras."