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Lula será liberado para comparecer ao velório do neto, dizem advogados

Ex-presidente sairá pela primeira vez desde que foi preso na Sede da Polícia Federal em Curitiba em abril de 2018

Lula: Ex-presidente pediu liberação para ir a enterro de neto que morreu com meningite (/Rodolfo Buhrer/Reuters)

Lula: Ex-presidente pediu liberação para ir a enterro de neto que morreu com meningite (/Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2019 às 17h07.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 17h08.

Advogados do PT disseram ter recebido a informação da Polícia Federal de que a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai liberar o petista para ir ao velório de seu neto Artur, de 7 anos, morto nesta sexta-feira, 1º, em decorrência de uma meningite meningogócica.

Segundo esses advogados, a defesa de Lula cogitava fazer o pedido diretamente ao Supremo Tribunal Federal, mas desistiu depois de ser informado de que a juíza já havia feito uma comunicação informal à PF sobre a liberação do ex-presidente. PF e Justiça Federal não se pronunciaram sobre o assunto.

De acordo com os advogados petistas, a juíza está conversando com integrantes da PF e do Ministério Público Federal sobre a forma como será feita a liberação. Eles lembram que o STF já havia liberado Lula para ir ao enterro do irmão Vavá, em janeiro mas com uma série de imposições. Na época, o ex-presidente recusou a proposta do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, que anunciou a decisão quando o sepultamento de Vavá já estava em andamento.

Artur vai ser cremado neste sábado, 2, ao meio dia no Cemitério da Colina, em São Bernardo do Campo. Segundo o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, a prioridade neste momento é a família de Artur. "Se o pessoal tiver o mínimo de bom senso Lula vai poder se despedir do neto e depois volta para a cadeia", disse Okamotto.

Setores da polícia esperam que, caso a Justiça autorize a saída do ex-presidente da superintendência de Curitiba, onde está preso desde abril, a decisão leve em conta o modelo estabelecido pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, no caso da morte de Genival Inácio da Silva, irmão do ex-presidente, em janeiro. Pela decisão de Toffoli, Lula só poderia se encontrar com familiares numa unidade militar.

Na avaliação de agentes federais, a segurança de Lula só será garantida, agora, se a homenagem ao neto por parte do ex-presidente ocorrer em um lugar fechado. Eles consideram um risco o ex-presidente ir ao cemitério ou outro local de acesso ao público - especialmente de militantes do PT e partidos adversários.

Lula foi informado da morte do neto por Sandro Luis, que teve autorização da Polícia Federal para conversar por telefone com o pai.

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