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Lula se reúne com prefeito de Maceió para tratar de desabamento de mina da Braskem

Arthur Lira, Renan Calheiros e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, também vão participar do encontro. No domingo, a mina 18 sofreu um rompimento

Lula: presidente terá primeira reunião para tratar do tema (AFP/AFP)

Lula: presidente terá primeira reunião para tratar do tema (AFP/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 05h59.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir nesta terça-feira, 12, com o prefeito de Maceió, JHC (PL), para tratar do rompimento da mina 18 da Braskem, localizada no bairro Mutange, em Maceió.

Segundo nota da prefeitura da cidade, JHC vai pedir ao governo federal apoio no enfrentamento aos problemas causados pela atividade mineradora da Braskem na capital alagoana.

Também vão participar do encontro o governador de Alagoas, Paulo Dantas; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o ministro dos Transportes, Renan Filho; e os senadores Renan Calheiros, Rodrigo Cunha e Fernando Faria.

O encontro foi solicitada na segunda por JHC, que foi para Brasília, onde manteve agenda com Lira para tentar viabilizar a reunião.

“Uma parte de Maceió está enfrentando um grave problema ambiental e humano. Necessitamos de toda a ajuda possível para superar este momento e ajudar as pessoas que precisam de auxílio”, disse JHC.

O que está acontecendo em Maceió

No último domingo, 10, a mina 18 da Braskem, localizada no bairro Mutange em Maceió, sofreu um rompimento. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, publicou nas redes sociais o momento do ocorrido.

O rompimento da mina pôde ser percebido em um trecho da Lagoa Mundaú. Imagens divulgadas pela Prefeitura mostraram o reflexo do rompimento na lagoa.

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou o rompimento na Mina 18 não causou "danos maiores aparentes ou risco a vidas".

Em nota no domingo, a Braskem não usou o termo "rompimento" ao falar sobre o ocorrido, adotado pela Defesa Civil de Maceió, e disse que câmeras ao redor da Mina 18 "registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade".

A empresa afirmou que houve registro de dois movimentos semelhantes, às 13h15 e às 13h45, e disse que o monitoramento realizado com satélite "captou a movimentação" do solo.

O afundamento do solo na antiga área de extração de sal-gema da Braskem em Maceió, às margens da Lagoa de Mundaú, foi detectado no início de 2018. No ano seguinte, o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) atestou que o afundamento tinha relação com a atividade de mineração. A Mina 18, que hoje tem situação mais problemática, é uma das 35 minas que a Braskem operava na região.

O acidente geológico atinge uma área que compreende cinco bairros de Maceió. Desde 2019, cerca de 57 mil pessoas, nos cálculos da Defesa Civil e do Ministério Público Federal (MPF), foram realocadas de suas casas, que passaram a ficar em áreas consideradas de risco.

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