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Lula se reúne com ministros no Planalto para discutir reação à tarifa de Trump ao Brasil

Segundo interlocutores, reunião de emergência será para discutir como o Brasil deve proceder diante desse cenário

Lula: é esperada a presença de ministros como o chanceler Mauro Vieira, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad em reunião nesta quarta à noite (Diego Herculano/Brics Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 9 de julho de 2025 às 18h33.

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Após a divulgação de que os produtos do Brasil serão tributados com uma tarifa adicional de 50%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência, que não estava na agenda, nesta quarta-feira, com auxiliares para discutir o assunto.

Segundo interlocutores, é esperada a presença de ministros como o chanceler Mauro Vieira, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele também discute o assunto com o titular da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Pessoas envolvidas no assunto afirmaram que o governo fará uma discussão interna sobre como vai proceder diante da nova medida protecionista tomada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Estão na mesa desde a reciprocidade, ou seja, a elevação de tarifas na importação de produtos americanos, a quebra de patentes farmacêuticas e a cassação de licença na área de audiovisual, como filmes de Hollywood.

Interlocutores do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmaram que, apesar das ameaças, não era esperado aumento de tarifas.

Isto porque há uma negociação em curso com os americanos para um acordo que possa eliminar sobretaxas de 25% para aço e alumínio e 10% sobre os demais produtos. O percentual de 50% foi considerado alto demais.

A tarifa de 50% adotada pela Casa Branca, como o próprio presidente americano havia anunciado, foi uma resposta dos EUA ao Brics. Após a cúpula de líderes do grupo, na última segunda-feira, Trump afirmou que elevaria em 10% as alíquotas de importação de países que se alinhassem ao bloco de nações em desenvolvimento.

De acordo com integrantes da área diplomática, causou estranheza a carta de Trump encaminhada a Lula, nesta quarta-feira. Junto com a informação sobre a tarifa adicional de 50% aos produtos brasileiros, Trump voltou a defender, no texto, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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